Guto x Vojvoda: alguns trunfos táticos de Ceará e Fortaleza para o Clássico-Rei da Copa do Brasil

No jogo de ida, o Tricolor buscou mais posse de bola, enquanto o Alvinegro apostou em jogo mais reativo e com ataques diretos. Características que expõem bem as ideias dos dois treinadores

Assim como ocorreu na primeira partida, que terminou empatada em 1 a 1, o duelo decisivo entre Ceará e Fortaleza, nesta quinta-feira (10), que define quem passa às oitavas de final da Copa do Brasil, será um verdadeiro duelo de estratégias. Guto Ferreira e Juan Pablo Vojvoda são os responsáveis por montarem o "jogo de xadrez", e cada um possui várias ideias e conceitos. Como não é possível apresentar todos, listamos alguns trunfos táticos que podem ser decisivos para superar o rival.

No Alvinegro, destacando a organização defensiva e a aposta em ataques diretos, com transições rápidas. No Tricolor, ressaltando a vocação ofensiva e capacidade criativa.

CEARÁ

O Ceará de Guto Ferreira tem uma identidade bem definida. Organização defensiva, boa ocupação de espaços, marcação intensa (em bloco alto por vários momentos), com muita competitividade, intensidade e aposta em transições rápidas. Não faz questão de ter mais posse de bola que o adversário, mas sim de controlar os espaços.

Para se ter sucesso, será preciso aplicar tais conceitos. No aspecto defensivo, fez bem isso no 1º Clássico-Rei.

Na roubada de bola, é preciso acionar um ataque mais direto, como foi no 2º gol contra o Grêmio. Poucos toques e uma chegada rápida ao campo do adversário em condição de finalização. Isso foi algo que o Alvinegro não conseguiu encaixar bem no jogo de ida pela Copa do Brasil.

FORTALEZA

O Fortaleza de Juan Pablo Vojvoda busca uma proposta de maior organização ofensiva, com ataques mais posicionais e jogadas construídas em toques mais curtos, desde a defesa, se necessário rodando a bola com paciência de um lado para o outro e realizando movimentações em busca de gerar espaços na defesa adversária.

Foi assim que marcou o 5º gol na goleada sobre o Internacional, em que ficou 26 segundos com a bola e trocou 10 passes em jogada que contou com toques de 7 jogadores diferentes na bola.

Um ponto que contribui para isso e a saída de bola com três defensores. Como Benevenuto não pode atuar, a tendência é que Tinga, Titi e Bruno Melo sejam os homens do setor. Todos com capacidade de auxiliar na construção, com passes verticais que quebram linhas e acionam os jogadores de frente. Além disso, ajudam a "instalar" mais jogadores no campo de ataque e empurrar o adversário.

Em resumo

Repito: são vários aspectos táticos interessantes nas duas equipes e seria impossível abordar todos. Aqui foram destacados alguns pontos principais e que deve ser bastante utilizados na partida. E, sem dúvidas, sairá de campo vencedor quem melhor souber executar sua proposta de jogo. Que vença o melhor.