Na impressionante recuperação que tem feito no Campeonato Brasileiro, o Fortaleza tem se sobressaído por uma característica que é marcante desde o início do trabalho de Juan Pablo Vojvoda: a organização ofensiva.
Mais da metade dos gols do Tricolor em 2022 foram marcados desta maneira. Organização ofensiva, como o próprio nome já diz, é o momento do jogo em que a equipe tem a posse de bola controlada e se organiza para atacar o adversário. A partir de movimentações e trocas de passes, envolve o oponente para a criação de situações ofensivas com o intuito final de marcar o gol.
Ao todo, o Fortaleza tem 80 gols no ano. Destes, 44 foram em organização ofensiva. Além deles, 19 foram em transição ofensiva e outros 17 em jogadas de bola parada.
Um time que tem característica de jogar no contra-ataque possui tendência para mais gols em transição ofensiva, por exemplo.
O número evidencia como o Tricolor tem mostrado repertório ofensivo para construir jogadas perigosas de ataque e situações de finalização ao gol do adversário, conseguindo também concluir uma boa quantidade destas chances.
Detalhe: o Fortaleza passou, ao longo da temporada, por mudanças bruscas. Tanto estrutural como de peças. A escalação utilizada no último jogo, a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, é bem diferente na utilizada em boa parte dos jogos no 1º semestre.
O Fortaleza de Vojvoda se adapta ao contexto do jogo, mas tem um claro perfil de vocação quando precisa atacar e tem voltado a demonstrar qualidade para isso.