Fortaleza e Ceará desperdiçam vitórias por falhas defensivas e baixo aproveitamento nas finalizações

Tricolores e Alvinegros lideram seus grupos na Copa do Nordeste

Fortaleza e Ceará encararam adversários competitivos neste sábado (12). Náutico e Sampaio Corrêa são claramente inferiores, mas demonstraram muita entrega coletiva e luta para segurar os empates contra tricolores e alvinegros, que por outro lado, apresentaram em comum os mesmos problemas: erros defensivos e baixo aproveitamento nas finalizações.

Os times cearenses até foram superiores em suas partidas e chegaram perto do triunfo. Mas em começo de temporada, que ainda não se está na melhor forma e ajustes serão feitos, os dois esbarraram em falhas.

Fortaleza

Nos Aflitos, Jean Carlos teve uma enorme liberdade para abrir o placar logo com 4 minutos, quando Matheus Jussa não acompanhou a marcação no lance e deixou o camisa 10 livre para finalizar.

O lance, porém, já ocorreu como resposta a um incrível gol perdido por Moisés, um minuto antes, naquela que foi uma das grandes oportunidades do Fortaleza no jogo. Igor Torres perdeu gol sem goleiro ainda no 1º tempo. Na etapa final, Depietri e Romero erraram o alvo, enquanto Yago Pikachu parou no goleiro Lucas Perri.

Ao todo, o Fortaleza teve 14 finalizações e 75% (9) sequer foram na direção do gol. Pikachu era o único com o pé na forma e marcou dois gols.

No gol de Eduardo Teixeira, também houve falha defensiva. O jogador estava livre e teve tempo e espaço para acertar um belo chute.

Ceará

No Castelão, o cenário foi semelhante. O Alvinegro começou o jogo pressionando o Sampaio. Em jogada envolvente, numa triangulação de Vina, Mendoza e Kelvyn, que o lateral-esquerdo abriu o placar, logo aos 19 minutos da etapa inicial, em um belo gol.

Imaginava-se, então, que o Ceará ali havia aberto o caminho para uma vitória tranquila. Só que não. O Sampaio acordou e empatou logo depois, aos 24, com Eron, em vacilo da defesa alvinegra (o zagueiro Lucas Ribeiro só olhou e não marcou o atacante adversário, que infiltrou na área e tocou na saída de João Ricardo).

O controle do jogo, então, foi do Alvinegro. Com mais posse de bola (63%), o Ceará trocou muito mais passes (406 x 157) e teve mais finalizações (17 x 13), mas pecou demais na conclusão das jogadas.

Chances foram criadas e a vitória poderia ter sido conquistada. Com Vina, Lima, Zé Roberto, Mendoza, Erick e Iury Castilho, mas todas foram desperdiçadas. 12 dos chutes (71%) sequer foram na direção do alvo.

O que por pouco não custou muito caro, já que a Bolívia Querida criou ótimas oportunidades na segunda etapa e só não virou o jogo porque João Ricardo fez duas defesas espetaculares nos chutes de Matheusinho e Gabriel Popó, e Matheusinho mandou uma bomba na trave aos 41 da etapa final.

Em resumo

É apenas início de temporada. Muitos ajustes serão feitos. Mas é exatemtene agora que se deve analisar os pontos a melhorar. E está bem claro que as chances estão sendo criadas, mas é preciso aprimorar o aproveitamento nas finalizações.

Antes que isso custe mais que o desperdício de dois pontos numa fase de grupos da Copa do Nordeste.