Com Chamusca, Fortaleza não engrena, erros permanecem e situação piora em derrota para o Sport

Tricolor volta a apresentar problemas nas finalizações, perde confronto direto por 1 a 0 e aumenta jejum de jogos sem vitórias. Momento atual é o pior do time na Série A

A má fase do Fortaleza no Campeonato Brasileiro continua. Na noite desta quarta-feira (6), o Tricolor teve a chance de reencontrar o caminho das vitórias, mas acabou sendo derrotado pelo Sport, por 1 a 0, na Ilha do Retiro, em partida que ampliou ainda mais a sequência ruim do Tricolor.

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Agora, são seis jogos seguidos sem vencer, com três empates e três derrotas. Nas últimas 12 partidas, somente uma vitória. Considerando somente o 2º turno do Brasileirão, o Leão do Pici detém a 3ª pior campanha, com 22,2% de aproveitamento.

De quebra, o Fortaleza ainda perdeu uma posição para o time pernambucano e caiu para 15º, ficando mais próximo da zona de rebaixamento e podendo terminar a 28ª rodada somente uma posição acima do Z-4, caso o Vasco vença o Atlético/GO hoje, às 21 horas.

O péssimo desempenho é reflexo do pior momento do Leão do Pici nos últimos tempos e também de um time que apresenta muitos problemas. A verdade é que o Fortaleza de Chamusca não engrena e apresenta os mesmos erros.

Já era sabido que a missão não seria fácil. A lista com os 10 desfalques por conta da Covid-19 (João Pedro, goleiro do sub-23; Quintero; Pablo; Tinga; Luiz Henrique; Mariano Vasquez; Juninho; Jackson; David; Bergson) contou com quatro titulares, o que impôs percalços ao técnico Marcelo Chamusca e o obrigou a realizar mudanças na equipe.

O jogo

No 4-3-3, com João Paulo centralizado como legítimo meia-armador, a expectativa era de uma equipe que pudesse ter maior capacidade de articulação de jogadas com trocas de passes para construir situações reais de gol, mas não foi o que se viu.

Sumido e discreto, o camisa 10 simplesmente não conseguiu se encontrar em campo e não exerceu a função de armação do Fortaleza. Novamente.

Os laterais Carlinhos e Gabriel Dias até tentaram apoiar bastante, bem como Osvaldo e Romarinho insistiam em jogadas pelas pontas, mas não havia conexão que estabelecesse o elo entre os velocistas e o centroavante. Wellington Paulista, isolado, pouco foi acionado. Ofensivamente, o Fortaleza não foi organizado.

Pressão ineficiente

É fato que o time cearense teve muito mais posse de bola (65% x 35%) e finalizações (17 x 7). Entretanto, o volume de jogo não foi convertido em situações reais de gol. Longe disso. Somente um chute foi na direção da meta defendida pelo goleiro Luan Polli. Todos os outros foram para fora ou bloqueados.

A única jogada trabalhada, que teve ótimo passe de Ronald para Éderson, e que culminou em gol, foi anulada por impedimento do atacante leonino, que estava adiantado.

O Sport, mesmo jogando em casa, manteve o padrão que tem utilizado no Brasileirão inteiro: foco total na defesa e intensidade na marcação. Ter achado o gol logo aos nove minutos, com Thiago Neves (naquela que foi a única finalização do time da casa na direção do gol), fez com que a equipe do técnico Jair Ventura se preocupasse em ocupar os espaços defensivos e amarrar o jogo, o que o Rubro-Negro fez com sucesso.

A situação é tensa e o momento é péssimo. O cenário fica ainda mais complicado pela necessidade de vitória no sábado (9), contra o Grêmio, às 21 horas, na Arena Castelão.

O adversário, que vem de 12 jogos de invencibilidade no Brasileirão, acumula duas vitórias consecutivas e tenta seguir na luta pelo título. Promessa de mais uma noite de dificuldades em que, se a vitória não vier, será de ainda mais pressão.