A multiplicidade de produtos de investimentos, potencializada pelo avanço tecnológico e da maior competição no ecossistema de investimentos no País, trazem para o investidor diversas estratégias de alocação de capital, sempre na busca para maximizar os retornos e mitigar riscos.
Investimentos em poupança, títulos, fundos, ações, ouro, dólar, entre outros, de alguma maneira, já estão no radar dos investidores.
E se pensarmos...será que além destas possibilidades “tradicionais” de aplicação de recursos, existem outras possibilidades de investir?
A resposta é sim, e são os investimentos alternativos.
Quais são os investimentos alternativos?
O especialista em investimentos alternativos da Astor Capital, Renan Mendes, em conversa com este colunista, explica que dentro do grupo de investimentos alternativos encontram-se ativos em diferentes segmentos como: Venture Capital, Fundos de Private Equity, Crédito Estruturado, Infraestrutura e Criptoativos.
Venture Capital
Investimento direcionado para o capital social de empresas startups, de forma que o aporte financeiro, e muitas vezes também o suporte intelectual, são para apoiar empresas jovens que trazem soluções inovadoras.
Private Equity
O investimento é também no capital social, assim como em venture capital, contudo, o estágio da empresa investida já é de maior maturação, quando comparado às startups, e possuem potencial de crescimento.
Crédito Estruturado
Trata-se de operação de crédito customizada para cada empreendimento, onde o diferencial é a possibilidade de maior flexibilidade nas operações, sobretudo quando comparado a rede bancária tradicional e seus produtos de crédito de prateleira. Nesse caso, o investidor atua como “fornecedor” dos recursos para viabilizar as operações.
Infraestrutura
São produtos financeiro atrelados à infraestrutura e que buscam remuneração ao financiar a execução de grandes projetos fundamentais ao avanço da estrutura do país como rodovias, portos, ferrovias entre outros.
Criptomoedas
São os ativos de mercados ‘criptos’ que no Brasil já é bastante difundido, inclusive pode ser investido por diferentes estratégias e graus de complexidade, seja por meio de fundos de investimentos, ETFs e compra direta nas chamadas exchange de criptomoedas.
Qual o cenário dos investimentos alternativos?
Os investimentos alternativos, lembra o especialista da Astor Capital, estão alinhados com a sofisticada finanças internacionais e que já promovem seus efeitos no mercado financeiro
nacional há algum tempo. A perspectiva é que o público em geral tenha maior acesso às oportunidades de investimentos alternativos, que até então, em grande medida, estão restritos aos investidores institucionais e profissionais.
Um dos exemplos da tendência de maior acesso aos investimentos alternativos para os clientes de varejo, segundo Renan Mendes da Astor Capital, consiste em avanços no mercado financeiro nos últimos anos, como a possibilidade de investir em private equity, por meio de fundos de investimentos, e em venture capital, através de plataforma de equity crowdfunding.
Risco X retorno: investimentos alternativos
Em termos de risco e retorno, ressalta Renan Mendes, os investimentos alternativos têm potencial, em tese, de retornos superiores aos investimentos tradicionais, entretanto, em função da baixa liquidez, e dos riscos inerentes a este tipo de investimentos, devem ser visualizados como de longo prazo. Ainda sob a ótica de riscos, os investimentos alternativos são interessantes para diversificação de carteira, em função do efeito descorrelação com os investimentos tradicionais.
Por fim, antes de adentrar nas estratégias de investimentos alternativos, é recomendável ter o suporte de profissional especializado e avaliar se o seu perfil de investidor é adequado para essa forma de investir.
Grande abraço e até a próxima semana.
Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.