Depender exclusivamente do INSS para se aposentar é um risco imenso; entenda o motivo

O Instituto Nacional de Seguridade Social não tem condições de proporcionar uma aposentadoria digna

Me responda sinceramente: você já planejou como será a sua aposentadoria?

Converso com muitas pessoas e vejo também relato dos seguidores sobre esse tema e quando faço esta pergunta acima, vejo que a maioria das pessoas não dá a devida importância e sequer reflete sobre o assunto, pois acreditam que o tempo não vai passar ou que não é o momento de pensar sobre isso. 

Acredito que isso ocorre porque as pessoas no Brasil são levadas a crer que basta trabalhar por 30 anos (sendo mulher) ou por 35 anos (sendo homem) para depois poder se aposentar recebendo um valor mensal do governo.

No teoria, parece ótimo, mas a prática pode ser bem mais complicada e difícil do que parece.

A realidade da aposentadoria no Brasil

Desde a Constituição de 1988, as regras de aposentadoria de servidores públicos e trabalhadores do setor privado sofreram pelo menos 7 grandes reformas.

Todas as reformas, em geral, aumentam os requisitos para aposentadoria e diminuem o valor do benefício (por exemplo, servidores públicos atualmente também se submetem ao teto do INSS). Isso significa que uma pessoa com a idade de 36 anos, provavelmente enfrentará pelo menos mais 4 ou 5 reformas até chegar a sua vez de usufruir desse benefício.

Mas será que preciso mesmo me preocupar com isso agora?

É muito comum que o pensamento geral seja de que “aposentadoria não é uma preocupação para hoje”. Mas hoje preciso te alertar! Uma pesquisa recente do Serasa trouxe um dado alarmante: 7 em cada 10 pessoas acham que suas aposentadorias não são suficientes para suprir suas necessidades, como os gastos com saúde e alimentação, por exemplo. 

E mais: 58% dos idosos entrevistados reconheceu que não foi possível se planejar financeiramente para sua aposentadoria. Pensar no futuro é fundamental não só para você, caro leitor, mas também para sua família. E sabemos bem que os gastos na melhor idade são altos, e, muitas vezes, a aposentadoria do INSS não será suficiente para supri-los.

Uma solução para essa questão

Como você deve ter percebido, não é ideal contar com o INSS como fonte única de renda no futuro, devendo haver uma forma de complementar esta renda para possibilitar uma velhice mais confortável.

Tudo bem que todos nós somos obrigados a contribuir para o regime de previdência, mas você precisa buscar alternativas. Aqui entra o plano B: criar a sua aposentadoria por meio dos investimentos por conta própria, sem delegar essa responsabilidade exclusivamente para o governo.

E tudo isso é possível por meio dos investimentos, construindo um patrimônio de forma diversificada, através das aplicações em renda fixa, fundos imobiliários, ações e investimentos no exterior. Assim, é possível criar uma carteira diversificada que te garanta uma excelente renda mensal – e tudo o que você precisa fazer é começar a investir hoje.

Essa diferença é tão grande que preparei um quadro comparativo para você entender a dinâmica entre depender do INSS x Investir de forma saudável.

INSS INVESTIMENTOS
Salário mínimo: R$ 1.412,00 Salário mínimo: R$ 1.412,00
Contribuição mensal (7,5%): R$ 105,90 Investimento mensal de R$ 105,90
Patrimônio após 35 anos: ZERO Patrimônio após 35 anos: R$ 650.000,00¹
Após 35 anos você recebe mensalmente: R$ 1.412,00² Após 35 anos você recebe mensalmente: R$ 6.500,00

¹ Rentabilidade média de 1% a.m. a média histórica da SELIC nos últimos 20 anos. Fonte: Banco Central
² Salário mínimo vigente, que será atualizado anualmente.

E investir não é difícil como muitos pensam. Hoje o mercado de investimentos está muito acessível, sendo possível investir no conforto da sua casa com seu smartphone. Por isso, deixo um passo a passo para você iniciar essa jornada, utilizando os pilares de investimentos que mencionei acima:

  1. Organize suas finanças e defina um valor mensal para investir;
  2. Faça um teste para analisar seu perfil de investidor e entender os produtos mais adequados para você;
  3. Busque vídeos de bons educadores financeiros que te mostrem como investir do zero;
  4. Determine uma data para investir todos os meses (como se você estivesse “se pagando”);
  5. Comece sua jornada de investimentos seguindo a ordem da cada pilar (Renda Fixa, Fundos Imobiliários, Ações, Exterior);

Seguindo esses passos, focando no longo prazo e investindo de forma saudável, você colherá excelentes frutos.

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.