A atividade física regular pode prevenir e ajudar a controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer, que causam quase três quartos das mortes em todo o mundo. A atividade física também pode reduzir os sintomas de depressão e ansiedade e melhorar o pensamento, a aprendizagem e o bem-estar geral. Uma atividade física pode ser realizada como parte do trabalho, esporte e lazer ou transporte (caminhando, patinando e pedalando), bem como tarefas diárias e domésticas.
No entanto, a maioria da população brasileira não consegue incluir a atividade física na sua rotina. Uma pesquisa recente, feita pelo Serviço Social da Indústria (SESI) apontou que mais da metade dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas. Entre aqueles que praticam atividades físicas, 22% se exercitam diariamente, 13% pelo menos três vezes por semana e 8% pelo menos duas vezes semanais.
O maior desafio é que estamos vivendo um estilo de vida pós-pandemia que não favorece a atividade física. Devido ao aumento dos hábitos sedentários, como ficar em frente à TV ou ao computador, além das facilidades integradas na rotina do indivíduo, como por exemplo, resolver tudo pelo celular, a pessoa precisa fazer menos esforço para obter algo, o que reduz a atividade física diária.
Para saúde e bem-estar, a OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes. Idosos (com 65 anos ou mais) devem adicionar atividades físicas que enfatizem o equilíbrio e a coordenação, bem como o fortalecimento muscular, para ajudar a prevenir quedas e melhorar a saúde.
A estratégia para combater hábitos sedentários seria o indivíduo começar a se exercitar com práticas que lhe proporcionam prazer, como caminhadas de 15 a 20 minutos, ir a pé para o trabalho ou passear com o cachorro. São atividades que vão proporcionar prazer inicial pelo exercício e que, gradualmente, podem ser aumentadas dependendo da adaptação do indivíduo.
Juliana Osório Alves é coordenadora do curso de Educação Física da Estácio Ceará