Home office

Com o advento da pandemia do coronavírus, o home office se tornou padrão na maioria das empresas e o uso - por parte dos colaboradores - de dispositivos pessoais para execução de suas funções cresceu exponencialmente, tornando essa problemática ainda mais latente. Portanto, é cada vez mais relevante que as regras dessa modalidade estejam escritas de forma clara e objetiva para que ambas as partes - empresa e colaborador - estejam em harmonia.

O principal meio de definição dessas regras é através de normativos, tais como políticas, normas e procedimentos, juntamente com iniciativas de treinamento e conscientização por meio de cursos online, webinars e e-mails internos, entre outros.

Mas um aspecto que deve ser levado em consideração é a razoabilidade das regras que serão definidas. Em relação ao conteúdo específico das normas, sugere-se que alguns aspectos estejam definidos e citados, como a responsabilidade por manter o dispositivo atualizado e seguro; as consequências do descumprimento das orientações de segurança; a possibilidade de investigações no conteúdo do equipamento em casos suspeitos; o suporte oferecido ao usuário em caso de problemas técnicos; e as ações que podem ser tomadas em casos de perda ou roubo.

É importante lembrar que a liberdade de uso de dispositivos pessoais tem seus prós e contras. Isso porque, por um lado, a empresa economiza na compra de equipamentos tecnológicos para cada colaborador e dá mais flexibilidade de trabalho. Por outro, cria-se uma maior complexidade de manutenção da segurança de informações e ocasiona um consequente aumento da superfície de ataque.

Tendo isso em mente, a empresa deve avaliar se os benefícios compensam ou não, podendo optar até por uma abordagem mista, na qual apenas determinados sistemas e informações podem ser acessados via dispositivos pessoais.

Igor Buess
Consultor de Segurança da Informação