Um pedido para sentar no colo, um toque quando ninguém está vendo, o oferecimento de balas, dinheiro, brinquedos em troca de guardar um segredo... Crianças e adolescentes estão expostos a abusos sexuais que podem ser praticados por quem está muito perto... Até mesmo dentro de casa.
No Ceará, mais de 70% das vítimas de crimes sexuais são crianças e adolescentes. Em Fortaleza, somente entre janeiro e fevereiro deste ano, 35 casos de abuso sexual contra crianças (até 12 anos) foram registrados. Esses números alarmantes refletem um cenário preocupante que demanda ação imediata e efetiva.
No "Maio Laranja", mês de conscientização sobre a prevenção e o combate à violência infantil no Brasil, é fundamental refletirmos sobre essa triste realidade e nos mobilizarmos para proteger nossas crianças e adolescentes. Os dados não são apenas números; são vidas marcadas por uma violência que pode ser praticada de diversas formas, desde carícias e toques íntimos, entre outras práticas que podem ou não envolver contato físico.
A violência sexual contra crianças e adolescentes gera consequências para a saúde física e mental de vítimas e testemunhas! No Brasil, diversas campanhas têm o objetivo de sensibilizar a sociedade e mobilizar ações para proteger crianças e adolescentes de abusos e maus-tratos.
A campanha "Faça Bonito", instituída em 2000 em memória de Araceli Cabrera Sánchez, uma menina de oito anos brutalmente assassinada em 1973, destaca a importância de denunciar casos de violência contra crianças e adolescentes, além de promover a conscientização sobre seus direitos e formas de prevenção.
O "Maio Laranja", por sua vez, é uma campanha nacional instituída pela Lei nº 13.290/2016, que visa alertar a sociedade sobre a necessidade de prevenção e combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes. O laranja foi escolhido como símbolo da campanha por ser uma cor vibrante que chama a atenção para a causa.
Sigamos na ampliação deste debate. Nossas crianças merecem prioridade absoluta. Para denunciar qualquer caso de violência sexual infantil, é necessário procurar o Conselho Tutelar, delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligar para o Disque 100. Junte-se a nós nessa luta!
Juliana Lucena é deputada estadual