Uber: taxistas farão protesto no dia 11

Taxistas decidiram em assembleia realizada na noite de ontem que irão realizar um protesto com a operação da Uber em Fortaleza no próximo dia 11 de maio (quarta-feira), na Capital. A concentração acontecerá na Av. Leste-Oeste, na altura da Igreja de Santa Edwiges, a partir das 6h, e o ato deve se estender até as 13h, diz o presidente do Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditáxi), Vicente de Paula Oliveira. De acordo com ele, a reunião realizada ontem, na sede da entidade, situada no bairro José Bonifácio, contou com cerca de 60 representantes de grupos e cooperativas da categoria.

Segundo Oliveira, são esperados cerca de 2 mil taxistas na manifestação, o que representa 41% da categoria (4.888) em atuação na Capital. Segundo ele, as famílias dos taxistas irão caminhar à frente do protesto, e logo atrás estarão os membros da categoria e os seus veículos em marcha lenta.

"Vamos sair em movimento pela cidade, passar pelo Paço Municipal e pela Câmara Municipal. Iremos fazer um movimento organizado para mostrar à população de Fortaleza que os taxistas estão sendo discriminados por um aplicativo que agrega carros particulares para serem servidos como táxis", diz o presidente do Sinditáxi. Para ele, a atuação de motoristas parceiros da empresa em Fortaleza é ilegal por eles não serem regulamentados.

Vieira afirma que a pauta da assembleia realizada ontem será entregue ao prefeito Roberto Cláudio hoje, na expectativa de que o chefe do Executivo municipal se posicione sobre uma proposta de projeto de lei já apresentada pela categoria para proibir a operação da Uber na Capital.

Regulamentação necessária

Em nota enviada pela prefeitura, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) disse "que toda atividade que explora comercialmente transporte de passageiros precisa de regulamentação municipal e seu correto funcionamento deve ser fiscalizado, conforme prevê a Lei Municipal nº 7.163, de 30 de junho de 1992, que trata do transporte remunerado de passageiros". O Executivo não se posicionou especificamente sobre a proposta que recebeu dos taxistas.

Em entrevista ao Diário do Nordeste, publicada em 29 de abril, a gerente de Comunicação da Uber, Letícia Mazon, defendeu que a plataforma é legal por se basear na Constituição, que determina dois tipos de transporte individual: público e privado. O primeiro está a cargo exclusivo dos taxistas, e o segundo não tem regulamentação específica.