Mansueto diz que sua saída não deve preocupar investidor

Ele defendeu que o desafio da política econômica na saída da pandemia de covid-19 é aprovar as reformas estruturais no País, para aumentar o potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)

Escrito por Agência Estado ,
Foto de Mansueto Almeida
Legenda: Mansueto voltou a afirmar que a política de ajuste fiscal do governo vai continuar.
Foto: Agência Brasil

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse nesta segunda-feira, 15, que sua saída do governo federal, marcada para agosto, não deve preocupar os investidores. Em entrevista à CNN Brasil, Mansueto voltou a afirmar que a política de ajuste fiscal do governo vai continuar.

"O ajuste fiscal depende da postura e da boa vontade do governo de continuar esse ajuste. Enquanto Guedes for ministro da economia, sei que esse compromisso vai continuar", disse Mansueto.

Ele lembrou, ainda, que o cumprimento do teto dos gastos é uma obrigação constitucional.

Mansueto defendeu que o desafio da política econômica na saída da pandemia de covid-19 é aprovar as reformas estruturais no País, para aumentar o potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e dar aos investidores uma perspectiva de redução da relação entre dívida pública e PIB.

Reformas
O secretário do Tesouro Nacional disse em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (15) que o maior desafio para avançar na agenda de reformas estruturais é construir um diálogo político aproveitando a "janela de juros baixos" no mundo.

Para Mansueto, a agenda fiscal do governo federal não muda com a crise do coronavírus, mas agora é necessário "construir viabilidade política" para avançar nas reformas. "É muito importante termos um debate extensivo, transparente, para aprovar essas medidas", afirmou.

De acordo com Mansueto, o Brasil tem uma janela para avançar no ajuste fiscal, porque a baixa dos juros no mundo permite que se mantenha a Selic baixa, o que reduz o serviço da dívida. "Se estivéssemos saindo deste ano com dívida de 95% do PIB e juros de 14%, seria pânico, mas não é o caso", avaliou.

Para Mansueto, o Tesouro não deve ter dificuldade em emitir nos títulos e o tamanho das reservas internacionais do Brasil ajuda a sinalizar ao investidor externo que o País não terá problemas em honrar suas dívidas.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.