Tok&Stok tenta reestruturação de R$ 600 milhões após risco de despejo de centro de distribuição

Rede contratou empresa para análise do caixa

A empresa Tok&Stok tenta processo de restruturação financeira em meio a ação de despejo de centro de destribuição. A informação foi reportada pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (16). 

A rede de móveis e decoração contratou a A&M (Alvarez & Marsal), uma das principais empresas de reestruturação, que atua no caso de recuperação judicial da Americanas. 

A ação de despejo foi movida pela Vinci Real Estate, gestora do fundo de investimento imobiliário Vinci Logística. Segundo o fato relevante, divulgado na quarta-feira (15), a Tok&Stok não pagou o aluguel com vencimento em fevereiro de 2023.

O imóvel onde funciona o galpão está localizado no município de Extrema, em Minas Gerais. Segundo a Vinci Real Estate, o aluguel representa cerca de 14% das receitas totais do fundo.

Dívida de R$ 600 milhões

A A&M foi designada a avaliar a situação do caixa da rede e propor alternativas para renegociação das dívidas da rede de móvel. A estimativa é que as dívidas estejam em cerca de R$ 600 milhões, conforme reportado pelo jornal Estadão. 

Há relatos de que a rede demitiu cerca de 200 pessoas em agosto de 2022. A companhia teria feito um grande estoque para o Natal, mas as vendas não ocorreram como o planejado. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas, assim como outras varejistas.