Quase um ano após a instalação do escritório Regional em Fortaleza, a Bovespa espera que as operações deslanchem
São Paulo. Fortaleza abriga um escritório da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) há dez meses, mas o superintendente Geral da Bovespa, Gilberto Mifano, avalia que o mercado cearense ainda está “totalmente inexplorado”. A Bovespa aponta que o principal motivo era a falta de uma corretora para que as operações pudessem ser de fato iniciadas. Mifano espera que a Pax Corretora de Valores, do Grupo Pague Menos, primeira sediada no Ceará, comece a operar logo e que empresas de outros estados também se instalem na Capital.
Para estimulá-las, a unidade regional está oferecendo espaço no prédio da Bovespa. “Nossas apostas são enormes, pois esse é um mercado totalmente inexplorado e com grande potencial”, justificou Mifano. Para ele, é fundamental atuar em três pontas para consolidar as operações no Ceará: investidor, empresário e corretor. “Sem o corretor para juntar os dois, não acontece nada”, adverte.
Apesar da participação do investidor pessoa física no Ceará ainda ser tímida, ela cresceu mais que a média nacional, equiparando-se à de em praças tradicionais. Em 2002, 569 cearenses aplicaram em ações, chegando a 1.509 em 2006: variação acumulada de 165%, igual à de São Paulo, que chegou a 96.896 aplicações.
O fato de a companhia cearense M. Dias Branco ter aberto capital no ano passado pode estimular o aquecimento do segmento no Estado. Apesar de a Bovespa não citar nomes, empresas como a Agripec e o Grupo Pague Menos seriam potenciais candidatas a negociar ações em Bolsa.
CRISTIANE BONFIM
Enviada a São Paulo
CRESCIMENTO
1.509 cearenses aplicaram em bolsa em 2006. Se comparado com o desempenho de 2002, apurou-se incremento de 165%, igual ao obtido em São Paulo, que fechou 2006 com 96.896 aplicações