O que você precisa saber na hora de adquirir o seu gerador de energia solar

Especialista explica importância de escolher bons equipamentos e fornecedores

Entre os países que mais registram investimentos com a geração de energia elétrica, no Brasil, cerca de R$ 90,5 bilhões já foram investidos em energia solar desde 2012. O dado da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) atesta que, com a redução dos preços dos equipamentos fotovoltaicos e alto custo da energia elétrica, os brasileiros optaram por produzir sua própria energia.

Com a demanda de instalações crescendo, a oferta também está em alta – contudo, especialistas explicam a importância de avaliar bem na hora da escolha dos equipamentos e do fornecedor.

“Diversas marcas, potências e tipos de equipamentos aparecem no mercado, e isso acaba confundindo os consumidores. Por isso, é muito importante buscar uma empresa integradora com experiência de mercado e um fornecedor de equipamentos sólido e capaz de oferecer suporte em caso de garantia. O ideal é que os equipamentos sejam adquiridos de fornecedores regionais de grande porte. A empresa integradora precisa ser capaz de esclarecer todas a dúvidas do consumidor, ter referências e realizar o projeto e a instalação dentro das normas da concessionária de energia”, explica Mário Viana, gerente comercial da Sou Energy, empresa consolidada no segmento.

Importância dos integradores

Os integradores são empresas especializadas que atuam junto ao mercado consumidor realizando o dimensionamento, venda, projeto, homologação junto à concessionária de energia e a instalação dos geradores. Também são responsáveis pelo suporte de pós-venda e pela manutenção dos sistemas. O consumidor deve exigir do seu integrador as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e de instalação, junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). O ideal é que sejam ARTs diferentes e que quem emite a ART de instalação tenha ido ao local realizar a inspeção.

Atualmente, a oferta de empresas integradoras é grande – a avaliação do portfólio, tempo de mercado e com qual fornecedor de equipamentos trabalha são essenciais na hora da escolha. “O ideal é que o integrador trabalhe com um fornecedor regional e de grande porte, que possa dar suporte e assistência com rapidez”, afirma Mário.

Inversores

A escolha de bons equipamentos também faz diferença no resultado – o inversor fotovoltaico é um dos elementos mais importantes dentro do kit de energia solar, por meio do seu poder de conversão, é possível transformar a energia produzida pelos módulos solares de corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA), tornando possível usar na alimentação dos aparelhos elétricos de casa ou da empresa.

“Painéis fotovoltaicos são famosos porque são eles que aparecem nas instalações. Mas o mais importante, na verdade, são os inversores. Eles são o cérebro do sistema, responsáveis pelo controle e segurança da geração. Na hora da decisão de compra, o consumidor deve procurar por inversores com assistência técnica local e com a maior garantia possível”, alerta o especialista.

Painéis

Os painéis ou placas solares também são importantes no processo, construídos com células fotovoltaicas, são capazes de captar a luz solar e transformá-la em energia elétrica. A oferta de marcas e potências de paineis é enorme. Existem produtos de alta qualidade e de baixa qualidade no mercado. É importante que o consumidor escolha painéis de marcas globais e com a maior garantia possível. Para painéis solares, existem duas garantias, a de fabricação e a de geração. Já existem painéis solares com 15 anos de garantia de fabricação e 30 anos de garantia de geração. Outro ponto de confusão no mercado, refere-se à potência das placas. Muitos falam que quanto maior a potência do painel, melhor sua qualidade, mas isso não é necessariamente verdade. Quanto maiores as garantias e se o painel é de uma marca global presente na lista Tier 1 da Bloomberg, melhor será a escolha do consumidor.

Marco da energia solar

A partir de 7 de janeiro de 2023, as regras de cálculo do custo de utilização da rede elétrica irão mudar. Atualmente, quem gera a sua própria energia não paga para utilizar a rede da concessionária de energia e por isso tem mais vantagens. Toda a energia produzida e não consumida é injetada na rede elétrica e fica armazenada na forma de créditos por cinco anos. A lei nº 14.300 que instaurou o marco legal da micro e minigeração de energia, estabelece que os novos prossumidores, consumidores que geram a própria energia, passarão a pagar pelos custos de utilização da rede elétrica, assim como paga o consumidor comum.

Essa mudança é necessária, mas tira algumas vantagens de quem faz esse investimento. A boa notícia é que a própria Lei 14.300 garante o direto de isenção das taxas de custo de rede até o ano de 2045, a todos os prossumidores que começarem a gerar a sua energia até o dia 06/01/2023. Caso o consumidor deseje adotar a geração própria de energia não deve deixar para a última hora, pois o volume de solicitação de acesso nas concessionárias tem aumentado e elas não terão capacidade de atender a todos os pedidos antes do prazo da mudança. Os novos custos chegarão a 90% sobre toda a energia gerada e injetada na rede.

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