Nacional Gás, Copagaz e Itaúsa adquirem Liquigás por R$ 3,7 bilhões

Operação, agora, deve ser submetida aos órgãos competentes da Petrobras e, em seguida, ao Cade

O consórcio formado entre Nacional Gás (do Grupo Edson Queiroz), Copagaz e Itaúsa (holding de investimentos do Itaú Unibanco) finalizou o processo competitivo para a aquisição da Liquigás com a melhor proposta, de R$ 3,7 bilhões. A empresa é a divisão de gás de cozinha da Petrobras. O lance feito pelo grupo foi o que apresentou o maior valor pelo negócio.

"A aquisição faz parte do plano estratégico de ampliação de portfólio e expansão da participação em setores em que o Grupo Edson Queiroz atua há quase 70 anos", informa nota do Grupo Edson Queiroz divulgada na manhã desta quinta-feira (8).

Com o anúncio da melhor oferta, a transação será submetida à aprovação dos órgãos competentes da Petrobras sendo, posteriormente, submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "O fechamento e liquidação da operação depende dessas condições precedentes que serão divulgadas oportunamente", observa o Grupo Edson Queiroz.

Também em nota, a Petrobras confirmou a melhor oferta e acrescentou que "essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas".

Histórico

Não é a primeira vez que a estatal coloca a Liquigás à venda. Em 2016, o Grupo Ultra, dono da rede Ipiranga e da Ultragaz, anunciou a compra da companhia por R$ 2,8 bilhões, mas o negócio foi barrado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão antitruste alegou concentração de mercado.

No início deste ano, a Petrobras contratou o banco Santander para conduzir novamente as negociações, como parte de seu plano de desinvestimento.