Após a veiculação na imprensa de que as operadoras de planos de saúde Hapvida e Notre Dame Intermédica já teriam finalizado o acordo de fusão, as companhias divulgaram, na noite de segunda-feira (15), fatos relevantes afirmando que as negociações ainda estão em andamento e que até o momento não foi firmado qualquer documento referente à operação.
A Hapvida, em seu fato relevante, informa que "as negociações têm avançado adequadamente e que espera, em breve, chegar a um acordo vinculante quanto aos termos e condições finais da operação proposta à Notre Dame Intermédica".
Já a Notre Dame, por sua vez, informou que "continuam suas discussões sobre os pontos comerciais e de governança relativos à potencial combinação de seus negócios, não tendo, todavia, até esta data, firmado qualquer documento de caráter vinculante relacionado à operação".
As companhias relataram ainda que, caso concluída a operação, elas terão como principais executivos os seus atuais diretores presidentes Irlau Machado Filho (Notre Dame) e Jorge Pinheiro (Hapvida). Acrescentaram que pretendem manter os atuais administradores das duas empresas.
Fusão criaria gigante de R$ 100 bi
No dia 8 de janeiro, a Hapvida anunciou a proposta não vinculante para a combinação dos negócios da Companhia com os da Notre Dame, o que resultará na consolidação de suas bases acionárias. Caso confirmada, a operação teria valor de quase R$ 100 bilhões.
A companhia fruto da fusão seria uma gigante, formada por 300 clínicas e 70 hospitais e teria 8,3 milhões de usuários de convênio médico e mais de 5,2 milhões de beneficiários de plano dental, com abrangência nacional.
Com a possível fusão, o Grupo Hapvida seria detentor de 53,1% de participação, enquanto os 46,9% restantes ficariam com a Notre Dame Intermédica.