Fortaleza terá voos diários da Gol para Orlando e Miami

Comemorando 17 anos de atividades hoje (15), a aérea lança dois voos diretos e diários saindo da Capital cearense para os Estados Unidos. As novas rotas terão início em 4 de novembro

O Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, terá voos diários para as cidades de Orlando e Miami, nos Estados Unidos, a partir do dia 4 de novembro deste ano. Incrementando o hub no terminal cearense, a Gol Linhas Aéreas lança, hoje (15), por ocasião do seu aniversário de 17 anos, duas novas rotas internacionais diárias partindo de Fortaleza e duas de Brasília, para os mesmos destinos. Segundo o vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol, Eduardo Bernardes, a venda das novas rotas será iniciada na próxima semana. No caso da Capital, ambos decolarão às 8h35, chegando às 14h25 em Orlando e às 14h05 em Miami, em um trecho com 7h50 e 7h30 de duração, respectivamente. No retorno, os voos partem às 21h45 de Orlando e às 22h de Miami e pousam às 7h15 em Fortaleza.

Com exclusividade ao Diário do Nordeste, a Gol apresentou detalhes das novas operações, que atenderão à demanda das regiões Norte e Nordeste para o continente americano, oferecendo uma opção mais rápida que as existentes hoje. De acordo com Bernardes, serão 13 destinos conectados à Fortaleza, por meio de ligações diretas ou com escalas, que poderão usufruir das novas conexões internacionais da empresa.

Qual novidade será anunciada pela empresa hoje?

A grande novidade são os voos da Gol para os Estados Unidos. Vamos começar uma operação no dia 4 de novembro. Nós começaremos o processo de venda, que vai acontecer a partir da próxima semana, uma semana após o anúncio e a boa notícia, para a região, é que a Gol vai começar essa operação com quatro voos diários, dois do Aeroporto de Fortaleza, um para Miami e outro para Orlando. Os outros dois, vamos operar de Brasília, também diários. A operação da Gol vai se restringir, nesse momento, a esses aeroportos.

Há demanda para essa oferta?

Uma vantagem expressiva dessa operação é que, no caso de Fortaleza, a Gol vai oferecer 13 mercados de onde é possível se conectar a esses voos. A oferta não é limitada ao mercado de Fortaleza, no conceito de hub, que é o que a gente vai desenvolver cada vez mais ao longo destes próximos anos. Essa já é uma operação que vai favorecer toda a região Norte-Nordeste do Brasil com um produto de alta qualidade, uma vez que, de Fortaleza, nossa operação é direta para os Estados Unidos, sem ter necessidade de ter voos intermediários ou com escala. Ela aproveita toda a malha que já existia em Fortaleza e, com isso, a gente vai permitir clientes de diversas localidades chegar aos Estados Unidos. Esse é o nosso grande objetivo.

Dados

Como será a aeronave que irá operar a rota?

Será a aeronave Boeing 737 MAX, que são os aviões que a Gol começa a receber no meio do ano. Toda operação entre o Brasil e os Estados Unidos será efetuada com este modelo. Essas aeronaves já virão da fábrica com a configuração de Gol Premium, que é a classe que a Gol oferece em voos internacionais, onde a gente não vende o assento do meio nas primeiras poltronas, oferece ali um serviço diferenciado, com pontuação diferenciada no programa Smiles e embarque prioritário.

Além disso, essa aeronave também já vem equipada com todo o nosso sistema de entretenimento, que é o mais completo entre todas as companhias que operam no Brasil, com Wi-Fi, TV ao vivo com seis canais e toda a suíte de entretenimento da Gol Online, que tem filmes, músicas, séries, documentários e todas essas vantagens para o nosso cliente. Essa será uma forma bastante robusta de iniciarmos essa operação a partir do mercado de Fortaleza. Para o de Brasília, tudo isso que eu falei também se repete, a diferença é que lá a quantidade de mercados que conectamos no aeroporto é de 30 destinos.

Alguns destinos ainda não se encontram disponíveis hoje no sistema mas, como essa operação só começa em novembro, temos tempo suficiente de conectar esse planejamento a esses mercados.

Qual a expectativa da Gol em relação às novas operações?

Não podemos falar em números, mas, ainda assim, considerando a qualidade do produto da Gol e o foco que a gente deu em criar uma operação que tenha um alto nível de conectividade com outros mercados, a nossa expectativa é muito positiva no sentido de desenvolver muito o fluxo de viagens entre os clientes que saem do Norte e do Nordeste do Brasil para os Estados Unidos.

Muita gente que sai do Nordeste e tem que descer até o Sul ou o Sudeste para pegar um avião e depois ir para os Estados Unidos. Ao posicionarmos este hub em Fortaleza de uma forma bastante eficiente, a gente vai trazer qualidade para a viagem que é bem superior à que hoje se encontra. Tem alguns mercados em que o tempo de viagem para chegar aos Estados Unidos passa de 24 horas.

Quanto tempo, em média, a viagem deve durar?

Estamos oferecendo uma operação que, no caso de Fortaleza, tem uma jornada de cerca de 7h30. Se você considerar que para chegar em Fortaleza de outras capitais do Nordeste o tempo de viagem gira em torno de 50 minutos a 1h30, o cliente dessa região vai conseguir chegar lá em no máximo 9 horas, o que é um produto de extrema qualidade comparado ao que se tem hoje. Também vemos como uma vantagem bastante grande o fato de o cliente que não é de Fortaleza fazer uma conexão no território brasileiro, estando, vamos dizer assim, em casa, sem precisar passar por outro país antes de chegar no seu destino final.

Como o produto se diferencia de outros voos da Capital para esses destinos?

O que a gente vem fazendo nesses quatro anos de desenvolvimento de produto e que culminou em 2017 nesse novo posicionamento de marca tem colocado a Gol numa posição de destaque, sendo a companhia líder em pontualidade no mercado doméstico e mantendo a política de preços atrativos. Esses diferenciais de produto, serviço, atendimento ao cliente, junto com a política de preços que a Gol lidera é o que a gente confia ser o conjunto de atributos mais importante para o sucesso dessa operação.

Quantos empregos essas operações devem gerar?

Não tenho essa informação, mas essa operação vai fazer aumentar nosso contingente no Aeroporto de Fortaleza. Em relação a empregos indiretos, certamente terão com esse estímulo ao turismo, em que Fortaleza se consolida cada vez mais como um destino superimportante para a chegada de turistas internacionais no Brasil, com uma série de investimentos em infraestrutura, tanto públicos quanto privados, que têm contribuído para isso. O turismo é superindutor dessa geração de empregos.

Quanto ao voo de retorno, há ações para estimular vendas nos EUA para Fortaleza?

A gente tem um processo de comercialização, vendas e marketing também nos mercados do sul da Flórida com o objetivo de desenvolver o turismo no sentido contrário, trazer os americanos para cá. A gente vai apoiar iniciativas do governo também no sentido de facilitar os trâmites para que os viajantes nesse corredor tenham mais facilidades, o que envolve os dois sentidos.

A gente já tem um processo de venda estabelecido nos Estados Unidos, mas é para voar aqui em voos domésticos. Haverá um reforço da nossa atuação no mercado americano e a nossa parceria com a Delta também, certamente, será utilizada para que a gente possa tirar o máximo proveito deste voo possível em favor dos nossos clientes. A gente vai procurar ter processos bem próximos aos da Delta para gerar uma experiência mais similar possível entre as duas companhias.

Há estudos para implementar um stopover (parada gratuita de alguns dias na cidade de conexão) nos voos, a exemplo da Air France-KLM?

Temos discutido com a Air France-KLM e vamos, evidentemente, procurar as soluções técnicas para que a gente possa permitir essa função no procedimento de stopover. Eu, particularmente, sou fã da ideia, porque eu acho que isso permite o cliente a ter uma experiência bastante positiva, de poder chegar em um mercado, principalmente dos que vêm dos Estados Unidos, conseguir chegar em Fortaleza, ficar dois, três dias aí, e depois seguir para o destino final é ótimo, ou fazer isso antes de voltar pra casa.

Cada vez mais a gente vê essa tendência no mundo. Podemos fazer uma viagem a negócios e juntar a uma de lazer para conhecer o destino, otimizando o nosso tempo, o que faz também faz parte da proposta de posicionamento da Gol, de dar vida ao tempo. Trabalhamos do ponto de vista técnico para encontrar soluções que nos permitam oferecer o stopover aos nossos clientes.

Com a reforma do Aeroporto de Fortaleza, há algum projeto juntamente com a Fraport para essa operação, como a construção de um lounge VIP?

Estamos bastante satisfeitos com o processo de privatização do Aeroporto, especialmente pela abertura dos novos administradores em identificar nossas necessidades e propor trabalhos em conjunto. Ainda está muito prematuro para responder essa pergunta. O que podemos compartilhar é que temos muita confiança na administração, que eles estão super abertos para trabalhar com a gente e que a Gol vai buscar junto com a administração sempre o que for de melhor experiência pra o cliente. A gente percebe uma alta disposição para isso e é isso que vai transformar esse hub em uma operação de sucesso. Temos que ser capazes de prover para os nossos clientes uma operação supereficiente, amigável e que faça ele querer conectar cada vez mais nessa operação.

Em novembro, quando terão início as novas rotas, a ampliação do terminal ainda não estará concluída. Haverá estrutura para aguentar esse aumento de voos?

Temos convicção de que, desde o início das operações, vamos poder prestar um serviço bem adequado ao cliente. Evidentemente, as obras vão trazer ainda mais, mas, do ponto de vista operacional, temos confiança de que nossa oferta será de qualidade.

*Eduardo Bernardes
Vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol