Mais do que um trabalho, um aprendizado para a vida toda. É assim que a ex-bancária do BEC, Aline Paiva, hoje com 35 anos, define os mais de 10 anos passados na instituição. Como aprendiz, ela entrou na empresa ainda menor de idade e, conforme diz, viveu uma experiência fundamental para sua vida profissional e pessoal.
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"Eu entrei no BEC em 1996 e fiquei até a privatização, em 2006. Tinha apenas 15 anos quando prestei um concurso público específico para formar bancários aprendizes. Era um projeto bastante interessante, inspirado no BNB (Banco do Nordeste do Brasil), e que teve um total de três turmas. Tínhamos um acompanhamento muito legal. O banco se preocupava muito com todo esse processo de formação", comenta Aline Paiva.
Atualmente trabalhando no setor de finanças, Aline lembra com saudade da rotina que vivia na instituição financeira. "Não era um local de trabalho, mas de formação. Tínhamos contato com muitos profissionais mais experientes, que inclusive nos davam aulas à noite. O banco se apoiava muito neste aspecto social", explica. "Essa convivência me fez amadurecer muito. Terminei o curso de bancários e segui trabalhando no BEC até o fim", completa.
Transição difícil
Aline trabalhava no departamento financeiro do BEC quando a instituição foi privatizada, em 2006. Segundo ela, a transição não foi das mais fáceis, já que muitos acabaram tendo que desempenhar funções diferentes com a mudança. "Eu não trabalhava nas agências especificamente, era mais na parte administrativa. Quando o Bradesco chegou, minha área foi extinta, posto que eles já tinham uma equipe em São Paulo para cuidar do assunto. Isso fez com que boa parte do meu departamento migrasse para as agências, inclusive eu", relembra.
Segundo ela, que acabou virando gerente de uma das agências, o Bradesco fez um treinamento prévio com os funcionários para que eles desempenhassem as novas funções.
"Éramos pequenos, mas tecnologicamente muito avançados. Foi um trabalho muito bom que lembro com carinho", finaliza Aline Paiva.