A exportação de produtos cearenses para a China entre janeiro e julho desse ano cresceu seis vezes em relação ao mesmo período de 2019. Segundo o estudo Ceará em Comex da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), os chineses compraram o valor histórico de US$ 153 milhões em itens produzidos no Estado, um crescimento de 516,6%.
Segundo o levantamento, o avanço foi impulsionado pela procura de produtos do setor siderúrgico e do setor de minérios. O país é segundo principal destino das exportações cearenses. Entre janeiro de julho do ano passado, a soma das mercadorias enviadas à China foi de US$ 24 milhões.
Os envios para o Canadá também cresceram no período: 293,8%, somando US$ 101,9 milhões em produtos. Os itens à base de aço foram os principais produtos destinado para o parceiro, segundo a pesquisa.
A Índia aparece pela primeira vez entre os principais destinos das exportações do Estado, com US$ 26,7 milhões entre janeiro e julho desse ano. Conforme o relatório, isso aconteceu em virtude das exportações de gás natural liquefeito que superou o montante de US$ 25,5 milhões. O país também compra do Ceará produtos como cera de carnaúba, mica e couros.
No sentido contrário, os envios para os Estados Unidos, principal parceiro comercial do Ceará, responsável por 34% do que é vendido pelo Estado ao exterior, caíram 40,9% no acumulado do ano. Em valores, o país comprou US$ 390,9 milhões em produtos, principalmente aço, equipamentos para geração de energia eólica, castanha de caju e água de coco.
Ao todo, o Ceará exportou US$ 1,12 bilhões em produtos no período de janeiro a julho, sendo US$ 168 milhões somente em julho. Os números revelam uma queda de 19,3% nas exportações no acumulado do ano ante o mesmo período do ano passado e uma redução de 34,8% em relação ao mês de julho de 2019.
Os municípios de São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Fortaleza, Sobral e Maracanaú são os principais exportadores do Ceará. Um dos destaques da edição, no entanto, é o município de Icapuí, que registra uma alta de 57,9% nas exportações no acumulado do ano, somando um volume de US$ 18,7 milhões, resultado principalmente da venda de produtos da fruticultura.