Os estudos para a concessão do terminal de cargas do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, devem ser apresentados pelo Governo Federal no primeiro semestre de 2020. A informação foi confirmada, ontem (10), pelo secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, que esteve no Ceará para a primeira reunião com a nova diretora da Companhia Docas. Ele também visitou o Porto do Pecém.
"Sem dúvida alguma (há intenção do Governo em conceder o Porto do Mucuripe). A gente está agora olhando o terminal de passageiros, mas por certo, nós temos dentro do Porto uma série de oportunidades que estão sendo estudadas na movimentação de cargas a granel. A gente, hoje, tem no radar a concessão do Porto como um todo", aponta Piloni. Na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou, em uma rede social, que o Governo vai conceder os terminais de passageiros dos portos, começando pela Capital.
"Temos já iniciados, em parceria do Ministério, por meio da Secretaria Nacional de Portos e a administração da Companhia Docas, alguns estudos que serão apresentados no primeiro semestre do ano que vem", garante Piloni sobre estudos de concessão da área de cargas do terminal portuário.
Segundo ele, a nova diretoria tem uma visão de otimizar as áreas do Porto. "E explorar com uma visão de maior geração de receitas. Eu acho que teremos bons frutos com esse momento. Nós temos que discutir um pouco a movimentação de líquidos, mas o Porto tem oportunidades que vão ser exploradas com a concessão", acrescenta.
Terminal de passageiros
Piloni aproveitou a visita para conhecer o terminal de passageiros do Porto do Mucuripe, ativo que vai ser concedido até o primeiro trimestre do próximo ano. "O primeiro ponto do terminal é a própria beleza, localização e a infraestrutura disponível que nós temos hoje. A gente tem também uma exploração da atividade de eventos que já é realizada com muita competência pela Companhia Docas".
O secretário reforça que o terminal é atrativo para o setor privado. "Isso tudo faz com que a gente tenha um cenário de maior atratividade para a empresa que vai ser a vencedora do leilão. A expectativa, nesse sentido, é muito boa. O terminal, na nossa opinião, tem grande potencial de atrair interessados privados".
Pecém
Já em relação ao Porto do Pecém, a visita teve como objetivo conhecer as experiências do Porto em relação à parceria com Roterdã, segundo Piloni. "Estivemos lá para aprender um pouco de como foi a transação de compra de 30% das ações do Porto pelo Porto de Roterdã, quais foram as salvaguardas sob perspectivas do novo entrante que foram exigidas, para que houvesse essa transação, como se fez o atrativo para um novo acionista. Viemos aprender um pouco mais como é que foi essa operação", diz.