Para sair na frente e se destacar, além de uma ideia inovadora, é preciso saber agir na hora certa. Começar antes é um bom passo para se dar bem no mundo dos negócios. Lógico, não é só isso que faz a diferença. É só lembrar que a Apple saiu atrás no quesito smartphone e dominou o mundo por muito tempo com a inovação chamada iPhone.
No caso da Brisanet, sair na frente e ter uma nova tecnologia foram importantes. Mas entregar qualidade junto foi o que a fez começar a se destacar e atingir hoje o nível de excelência chancelada até pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como a líder em satisfação dos clientes de banda larga no Ceará.
José Roberto Nogueira, proprietário da Brisanet, criou a empresa em 1997 para levar internet via rádio para o interior.
Naquela época, a telefonia fixa era usada como base para conectar as pessoas, especialmente nas capitais, à internet. Era caro, muito caro. E, ainda assim, de baixa qualidade. Foi com as antenas de rádio que ele fez o interior conhecer a internet e ficou, por muito tempo, como o maior destaque deste mercado.
Mas o tempo passou, as necessidades das pessoas aumentaram. Queriam mais internet, queriam mais qualidade. A Brisanet, em 2010, já estava presente em 150 cidades de Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. E o limite para a tecnologia desenvolvida pela própria empresa chegou. Era preciso ir além. E eles foram. Nogueira achou em 3 países o que poderia ser a solução para o próximo salto.
A sacada
Da Coreia do Sul, do Japão e da China, conheceu a tecnologia de fibra óptica para fazer a ligação dos clientes com uma banda larga robusta. “No Brasil, ninguém estava fazendo. E fizemos em Pau dos Ferros (cidade do interior do Rio Grande do Norte) como projeto-piloto”, conta, relembrando 2011, quando instalou fibra no município.
A escolha de Pau dos Ferros foi pela condição econômica mais favorável. Não era tão grande (tinha 30 mil habitantes) e ficava a apenas 40 km de Pereiro, a sede da Brisanet. E deu tudo certo.
A partir daí, a empresa começou a focar em fibra para desenvolver suas redes. Atualmente, trabalham com internet, TV por assinatura, telefonia fixa e até móvel. “Hoje, conseguimos ter 80 cidades com redes de fibra óptica nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco”, enumera.
Planejamento
Mas por que o negócio no interior e não em Fortaleza? Nogueira explica que o foco de estar em Pereiro já foi um planejamento de décadas antes. Ele tinha um capital de R$ 40 mil e notou que esta quantia não seria suficiente para fazer prosperar na Capital.
“Esse valor não dava para implementar este projeto em Fortaleza. E na hora que você tenta e não tem recursos para atender à demanda, acaba incitando o negócio que vai acabar sendo feito por investidores que têm recursos para esperar uma oportunidade”, afirma.
Para Nogueira, o Cinturão Digital poderia ter ajudado antes. Construído com o propósito de ser uma via de banda larga fixa não só para o Governo estadual fazer uso, mas para empresas privadas também, o Cinturão Digital ajudou a proliferar as ações da Brisanet.
“No início de 2015, abril, começamos a fazer uso do Cinturão. Foi um consórcio entre Brisanet (50%), Mob Telecom (25%) e Wirelink (25%). Estas três empresas se juntaram no consórcio para fazer uso mútuo do cinturão. Ganharam a licitação para usar um par de fibra para que cada empresa pudesse colocar seus próprios equipamentos. Trabalham independentes. Só fazem uso do mesmo cabo”, explica Nogueira.
Segundo ele, a partir do momento em que essas três empresas começaram a fazer uso do Cinturão, elas conectaram centenas de provedores, que somam 300 atualmente. Com orgulho, o dono da Brisanet enumera as vantagens que estes anos de trabalho para interligar o interior à grande rede trouxeram.
“O Ceará é o Estado mais conectado do Brasil em índice de penetração de internet por residência e isso o Cinturão colaborou para avançar mais rápido. Na proporção de assinantes de internet é o que tem mais usuários conectados em redes de fibras ópticas do Brasil. E foi o que elevou a qualidade. Hoje, a Brisanet é a número 1 em qualidade, segundo a Anatel”.
Tecnologia e moda unidas nas redes sociais atraem fãs
Criar uma empresa de acessório de tecnologia que inspire e emocione é uma tarefa complicada. Porém, a GoCase, aqui de Fortaleza, mostrou que é possível. Porém, o que mais atrai clientes, certamente, são as publicações dos produtos que a jovem empresa de 2015 traz no Instagram.
Na rede social, há mais de 1.7 milhão de seguidores ansiosos para conferir os lançamentos, especialmente o público-alvo da loja: mulheres de 17 a 35 anos de idade.
Reunidos a grandes nomes do e-commerce nacional, os cinco sócios da GoCase trabalharam para superar os desafios, atuando em um nicho que estava aberto para produtos de qualidade. Começaram com a personalização de cases e agora estão na personalização de produtos como bolsas e maletas de notebooks e até powerbanks e cabos.
Guilherme Reis da Nóbrega, um dos fundadores da marca, fala que a passagem do mundo online para o físico era questão de tempo. “Todo mundo nasce no off e vai para o on. Nós fizemos o inverso. Como queremos ser uma love brand, entendemos que o ponto físico ajuda nisso. Ele faz um pouco de marca. Entendemos que estava rodando bem no online e não tinha motivo para não rodar bem no offline”, diz.
Para ter certeza, eles começaram com um quiosque no Shopping Iguatemi em 2015. Era só capa para celular. Como as vendas foram boas, decidiram dar um passo maior: tentar emplacar em São Paulo. Criaram 3 quiosques por lá.
“Estamos no Ceará basicamente por conta de raiz, já que 35% das nossas vendas são para São Paulo, depois Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília”, afirma o empresário.
Guilherme finaliza deixando bem claro que mais que tudo a GoCase quer seguir agradando ao público cativo e fazer novos fãs.