Um documento registrado em cartório demonstra que o Edifício Andrea, que desabou na manhã desta terça-feira (15), no bairro Dionísio Torres, foi registrado no ano de 1982. Na declaração, já constava a informação de o imóvel possuía seis andares e a cobertura, que era o sétimo andar do residencial.
O documento atesta a legalidade da construção e contradiz o que a prefeitura de Fortaleza informou inicialmente, alegando que o imóvel não possuía registros oficiais. O registro apresenta uma matrícula para cada apartamento, todas cadastradas junto à prefeitura.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Fortaleza ainda não se manifestou sobre o documento.
Sobre a tragédia
O desabamento da Edifício Andrea causou a morte de ao menos duas pessoas. No início da tarde desta quarta-feira, nove pessoas seguiam desaparecidas e outras nove haviam sido resgatadas.
De acordo com o documento, o edifício foi registrado pela Imobiliária Alpha, com registro dos 13 apartamentos e da cobertura em 6 de abril de 1982. A reportagem não conseguiu contato com a Imobiliária Alpha.
Ainda segundo a declaração, cada apartamento possuía área privativa de 136,44 metros quadrados e uma área comum de 28,86m².
A área total do terreno foi registrada com 681m². Só na cobertura, que possuía área privativa maior de 172,20m², o espaço comum possuía 36,51 m². O apartamento deste espaço era de n° 701.