A reunião do Ministério de Minas e Energia (MME) para definir a retomada do horário de verão — programada para acontecer nesta terça-feira (15) — foi adiada para quarta-feira (16). Conforme Integrantes do governo ouvidos pelo g1, o motivo é que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar novos estudos sobre as condições de atendimento de energia aos consumidores e eventuais mudanças no cenário hidrológico.
Na última terça-feira (8), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o horário de verão só voltar em 2024 se for "imprescindível".
"Isso que estou fazendo é serenidade, equilíbrio, diálogo, para que a gente só faça na imprescindibilidade, se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso", disse o ministro em entrevista a jornalistas.
O ministro declarou ainda como está sendo analisada a volta do horário de verão. “Eu sempre disse que só faremos este ano se for imprescindível. Se não, vamos esperar o período hídrico, que começa agora em dezembro, e avaliar para o ano que vem”. Desde 2019 o horário de verão não é adotado no Brasil.
Economia próxima de R$ 400 milhões
Conforme nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentado ao Ministério de Minas e Energia (MME), no mês passado — no cenário atual — o horário de verão contribui para a maior eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), em especial no atendimento à ponta de carga no horário noturno, período entre 18h e 20h, quando o sistema precisa lidar com os desafios da saída da geração solar centralizada e da Micro e Mini Geração Distribuída (MMGD) e do aumento da demanda por energia.
Conforme o relatório da ONS, a aplicação do horário de verão, em cenários de afluências críticas, poderá trazer uma redução de até 2,9% da demanda máxima. A medida traz uma economia no custo da operação próxima a R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro.