O presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, disse nesta sexta-feira (6) que a epidemia do Covid-19, o novo coronavírus, terá reflexos na economia brasileira, mas que o efeito será passageiro. Ele destacou que economistas do Banco Central e da equipe econômica do governo têm avaliado que o surto pode ter um impacto no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) da ordem de 0,5%.
Segundo o presidente do BB, a epidemia, que afeta diversos países, entre os quais China, Coreia do Sul, Itália, Estados Unidos e Brasil, é séria e vai paralisar algumas atividades, o que vai gerar problemas para determinados setores.
“Mas isso é um fenômeno temporário, vai demorar três meses, quatro meses. Depois, a vida continua normalmente”, disse Novaes, em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Para ele, está havendo "um certo excesso de pânico" em relação ao coronavírus.
Rubem Novaes comentou o resultado do PIB, que fechou o ano passado com crescimento de 1,1% frente a 2018. O resultado foi alcançado após a variação do quarto trimestre de 2019, que teve alta de 0,5% na comparação com o período anterior.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2018 houve elevação de 1,7%.Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (4).
“As estatísticas mostram que o que puxou o PIB para baixo foi o setor de governo. As despesas de governo é que, caindo, puxam o PIB para baixo. Isso mostra que o governo está se ajustando. Uma contração das despesas públicas é algo necessário. O setor privado, a parte mais saudável da economia, mais eficiente, está crescendo acima de 2%”, afirmou o presidente do BB.