A Black Friday está chegando. A megaliquidação, realizada tradicionalmente nos Estados Unidos na última sexta-feira de novembro, um dia depois do feriado de Ação de Graças, caiu no gosto dos brasileiros. Mas é preciso ter cuidado, principalmente nas compras realizadas em lojas virtuais.
Neste ano, um golpe vem ganhando espaço: a criação de perfis e páginas falsas em redes sociais, como Instagram e Facebook. As quadrilhas copiam a identidade visual de grandes marcas e patrocinam posts com ofertas tentadoras (o patrocínio de posts é uma estratégia para potencializar a visualização dos posts com o golpe).
Em algumas dessas páginas falsas, os consumidores precisam preencher um formulário com dados pessoais para ter acesso às promoções. Em outras, ao clicar no anúncio, o cliente já é direcionado para uma área de compra e convidado a digitar os dados do cartão de crédito.
"É uma prática comum, as marcas fazerem posts patrocinados nas redes sociais para alavancar as vendas; e os bandidos estão se aproveitando, criando postagens falsas, também patrocinadas, que se parecem com o conteúdo da página verdadeira", alerta Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos).
Segundo Volpini, a forma mais eficaz de não cair nesse tipo de golpe é realizar as compras por meio do site oficial das lojas, em vez de usar páginas promocionais e anúncios publicados no Google ou em redes sociais. "Se você, consumidor, se interessou por uma oferta que apareceu no seu e-mail ou rede social, não clique", recomenda Volpini. "Digite a URL do site no seu navegador de internet e confira se a mesma promoção está mesmo no site oficial da loja."
As quadrilhas têm se especializado nesse tipo de ação baseado na captura de dados pessoais, após conquistar a confiança de clientes desavisados . "Hoje, 70% dos golpes feitos no mundo digital estão relacionados a engenharia social", alerta Volpini.
Outro golpe que se torna cada vez mais comum é a falsificação de boletos digitais. Mais uma vez, as quadrilhas criam páginas que imitam a área de e-commerce de grandes marcas. Quando o cliente vai fazer a compra, esses sites emitem boletos cujos beneficiários não são as lojas, mas os criminosos.
Para evitar ser vítima desse tipo de golpe, é importante conferir quem é a empresa beneficiária que aparece no momento do pagamento do boleto, no aplicativo ou site do banco. Se o nome for diferente da marca ou empresa onde a compra foi feita, a transação não deve ser concluída.
Cuidados
Para fugir de golples, os consumidores podem acessar o site da entidade e conferir dicas para evitar cair em golpes.
Conforme o órgão, é importante estar atento ao recebimento de links com promoções e verificar pelo navegador se as informações são verídicas. Além disso, é importante dar preferência a sites conhecidos, lendo comentários de clientes que já utilizaram as plataformas para saber as recomendações.
A Febraban também recomenda que o usuário não utilize computadores públicos ou preencha dados bancários ou pessoais. Em relação aos smartphones, é indicado ter um antivírus atualizado. A entidade também acrescenta que grandes empresas de compra e venda não mantém contato com o consumidor por meio de mensagens via aplicativo.