O preço da cesta básica de Fortaleza teve uma redução de 6,96% em agosto, chegando a R$ 402,84. Apesar do recuo, a capital cearense aponta o conjunto de itens básicos da alimentação mais caro do Nordeste e o nono do País, segundo os dados da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados nesta quinta-feira (5).
De acordo com a pesquisa, este é o segundo mês consecutivo de quedas no valor da cesta básica em Fortaleza, com um abatimento de R$ 30,12 ante o preço de julho. No mês anterior, a cesta básica da capital havia recuado 3,51%, a R$432,96.
"Apesar de você estar com dois meses seguidos de queda no valor da cesta básica, Fortaleza ainda segura entre a cesta básica mais cara da região Nordeste. O Ceará é um dos locais onde a renda média é a mais baixa, mesmo que você tenha preços mais estabilizados, eles se estabilizaram em patamar muito elevado. E, o valor da cesta básica ainda é significativamente mais caro do que outras capitais que tem um porte parecido como Salvador e Recife", aponta Reginaldo Aguiar, Superintendente Regional do Dieese.
Em agosto, o resultado foi impulsionado pela diminuição de sete dos 12 itens. O tomate apresentou a maior deflação no mês, com recuo de 31,78%. Entre os itens que também registraram queda estão: carne (2,86%), açúcar (1,76%), café (1,69%), feijão (1,18%) e o arroz (0,86%). Já os itens, farinha (3,05%), manteiga (1,67%), banana (1,45%), óleo (1,07%) e leite (0,25) apontaram uma variação positiva no mês.
O tomate apresentou queda em todas as capitais, em Fortaleza, o quilo do tomate ficou a R$ 4,98. Entre o preço dos demais itens,com base em um quilo, estão: a carne (R$24,06), feijão (R$ 4,83), arroz (R$ 3,21), farinha (R$ 3,04) e o açúcar (R$ 2,23).
De acordo com o Dieese, o gasto médio de uma família padrão (dois adultos e duas crianças) foi estimado em R$ 4.044,58. Para um trabalhador que recebe um salário mínimo (R$ 998), teve que destinar cerca de 43,87% de sua remuneração para adquirir os produtos.
Em relação a jornada de trabalho mensal, o trabalhador teve que destinar cerca de 88 horas e 88 minutos para comprar todos os produtos. Com o resultado de agosto, no ano a cesta básica inflacionou 1,38% e em 12 meses, 8,03%.