A pandemia do novo coronavírus não afetou fortemente os investimentos oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), do Banco do Nordeste (BNB), no Ceará. No primeiro semestre deste ano, o BNB investiu R$ 2,15 bilhões do FNE no Ceará, 2,2% a menos que em igual período do ano passado (R$ 2,2 bilhões).
Para o presidente da instituição, Romildo Rolim, apesar das incertezas do período, o banco não deixou de atender à demanda, principalmente, das micros e pequenas empresas. Ele reforça que a meta para este ano de investimentos no Estado é equivalente ao que foi aplicado em 2019.
Para o Ceará, a meta do FNE é aplicar até o fim do ano R$ 3,5 bilhões e outros R$ 2,5 bilhões no Crediamigo. "Esse volume é compatível com o ano passado", destaca o presidente do BNB.
Do valor de R$ 2,15 bilhões do FNE aplicados no Estado no primeiro semestre, R$ 649,6 milhões foram exclusivamente para projetos de infraestrutura. No Crediamigo, as operações chegaram a R$ 1,56 bilhão, equivalentes a 700.692 operações, e no Agroamigo, a R$ 143,0 milhões, correspondentes a 28.725 operações.
Na economia regional, o BNB investiu R$ 18,36 bilhões, sendo R$ 12,5 do FNE. "Apesar da dificuldade, fizemos tudo com muita responsabilidade, olhando para a boa gestão de risco. Aceleramos para atender ao setor produtivo, daí avançamos".
Renegociação
Rolim diz que a repactuação de dívidas no primeiro semestre influenciou a meta de investimentos do FNE para este ano em toda a área de atuação do BNB. Segundo ele, antes da pandemia a meta era aplicar R$ 29,4 bilhões, que caiu R$ 4,1 bilhões a R$ 25,3 bilhões.
"Fizemos repactuação de dívidas para quem não estava podendo pagar, repactuamos parcelas só para 2021 e trabalhamos novos créditos para capital de giro, para manter as empresas abertas", ressaltou. "Os recursos deixaram de ingressar e por isso a meta foi reduzida para o FNE".