Pela primeira vez na história, a moeda norte-americana alcança o patamar de R$5, seguindo uma trajetória de alta, uma elevação de 5,04%, passando de R$ 4,9595, alcançando a máxima de R$ 5,0277. Já o dólar turismo está medindo R$ 4,9307, alta de 1,62%, superando o valor registrado na quinta-feira (5) da semana passada, quando a moeda teve o maior resultado desde janeiro de 1999, custando R$ 4,76. Apesar da gravidade vista no mercado, que fez com que o pregão fosse interrompido pela terceira vez em uma semana, o economista Ricardo Eleutério acredita que a pressão sobre a moeda americana deve se elevar ainda mais.
"Nas próximas semanas, há uma tendência de pressão do dólar pra cima , mesmo com as ações do Banco Central (BC), o mercado tem sido mais forte. Em momentos de instabilidade, o esperado é que a moeda continue disparando e as bolsas derretendo", comenta.
O economista ainda ressalta que dentre os países emergentes, a moeda brasileira, "é uma das moedas que mais sofre com a desvalorização", em períodos de forte crise no mercado. Além disso, segundo Eleutério, essas reações traduzem um pouco da "fragilidade econômica e política enfrentada no país".
Coronavírus
Após o novo corona-vírus ter sido classificado como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o mercado apresenta instabilidade. Em resposta ao momento, o presidente norte-americano, Donald Trump, proibiu viagens da Europa para os Estados Unidos por um período de 30 dias.
Além disso, o agravamento da doença e a crise do petróleo, a bolsa de valores brasileira já apresentou três paralisações nesta semana.
Eleutério ressalta que os impactos na economia mundial devido ao vírus serão "devastadores pelo menos nesses primeiros meses". Ele ainda comenta que até atingir a normalidade, os impactos sentidos na economia serão "muito fortes".