Se em outubro e novembro do ano passado, nas farmácias e drogarias de Fortaleza, um a cada 10 testes rápidos para Covid-19 tinham resultado positivo, hoje a realidade é outra. Do final de janeiro até a primeira quinzena de fevereiro, em média, um a cada três resultados é positivo entre os testes rápidos. Isso representa uma taxa de positividade em torno de 35%.
Os dados foram descritos pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Fábio Timbó. Segundo ele, mesmo diante do aumento na frequência dos resultados positivos, há ainda uma subnotificação nos casos.
“A gente vê isso com uma certa preocupação. Às vezes, quando chega uma família inteira pra testar e um membro já testa positivo, eles acabam não fazendo os outros testes por entender que a família pode estar toda positivada”, explica.
Procura
As informações registradas pelo Sincofarma, diz Timbó, são encaminhadas à Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) a fim de contribuir para a compreensão do cenário epidemiológico na cidade. O presidente também aponta que houve um aumento de aproximadamente 50% na procura por testes rápidos em farmácias e drogarias e, por isso, é necessário ligar para a unidade e agendar a testagem previamente.
“Temos que obedecer às regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às orientações do próprio Ministério Público, sobre as questões de distanciamento. Esse teste é feito pelo profissional habilitado, pelo profissional farmacêutico, e tem todo um protocolo a ser cumprido. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que são utilizados a cada teste, a limpeza da sala no ambulatório”, afirma.
Ele lembra que, a princípio, os testes rápidos foram vistos com desconfiança pela população, o que se modificou com um passar do tempo, conforme a segurança e assertividade dos exames passaram a ser mais difundidas. “Além disso, temos 800 farmácias e drogarias na cidade de Fortaleza. Isso traz uma facilidade para evitar que o cidadão vá ao posto de saúde ou ao hospital sem uma efetiva necessidade”, acrescenta Fábio Timbó.