Nesta terça-feira (24), o número de ônibus circulando em Fortaleza, pela manhã, foi de 75% da frota, como medida de segurança em decorrências dos ataques aos coletivos. No decorrer do dia, o efetivo deve aumentar até à noite, quando pode atingir cerca de 80% do total de ônibus. As ações criminosas são monitoradas e nesta quarta-feira (25) o serviço de transporte pode normalizar, conforme o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus).
As informações foram repassadas por Dimas Barreira, presidente do Sindiônibus. "Nesse momento, o serviço está próximo da normalidade. À tarde, a gente deve reforçar e, amanhã, a ideia é estar pleno nas ruas", ressaltou Dimas Barreira. Conforme o gestor, foi feito um trabalho conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal para garantir a segurança dos motoristas e passageiros com escolta, patrulha, blitzes e desvios. "Tem alguns bairros que são zonas de conflito em que podem acontecer desvio para a segurança", pontuou Dimas.
Além disso, em entrevista, o titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), André Costa, informou que diversos ônibus estão com policiais circulando dentro dos coletivos e trabalhos de escolta. Ainda hoje deve ser enviado uma aeronave para buscar equipamentos como rádios HTS, com sinal digital, da Força Nacional. Conforme o secretário, alguns policiais que estavam de férias estão voltando para compor o efetivo em atuação. "Todas as ocorrencias são tratadas em nível de inteligencia, temos tecnologia para poder analisar, e vamos tomar decisões com base nesses dados".
Sobre as açõs no interior, André Costa destaca o reforço de agentes de segurança. "Tem aumentado as equipes do Cotar e do Raio, especialmente naquelas cidades onde têm mais ocorrências", esclarece. O planejamento estratégico para controlar a situação também conta com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). "O que a gente espera é que o aumento do efetivo e das ações que estão sendo realizadas causem um recuo do número de crimes", concluiu o secretário.