Uma força-tarefa para vistoriar prédios com maior risco de desabamento em Fortaleza será criada a partir de um grupo de trabalho envolvendo vários órgãos de fiscalização. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21), durante uma reunião com representantes do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), da Prefeitura de Fortaleza e da Justiça Estadual. O encontro aconteceu quase uma semana depois da tragédia do Edifício Andrea, que deixou nove mortos e sete feridos, no bairro Dionísio Torres.
Será feito um levantamento a partir do qual se definirá uma lista dos prédios com problemas estruturais. Com os dados, as equipes produzirão um ranking dos prédios em situação mais grave, de acordo com o nível de risco. A partir daí, serão cobrados a regularização da inspeção predial e as correções estruturais necessárias.
O grupo de trabalho para fazer o diagnóstico da situação dos prédios da cidade vai contar com a participação do Ministério Público do Estado do Ceará, Prefeitura de Fortaleza, Corpo de Bombeiros, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) e outros órgãos.
O plano e as atribuições de cada órgão na força-tarefa será estabelecido no prazo de até 15 dias, quando será realizado o primeiro encontro do grupo de trabalho. Para o procurador Plácido Rios, as ações têm como objetivo prevenir outras tragédias na capital. “Estamos aqui para ver a dimensão do problema e definir formas e etapas de atuação, dentro da responsabilidade legal de cada órgão. O passo inicial é reduzir o risco e evitar que novas tragédias aconteçam”, explicou.