A Praça José de Alencar teve sua reforma concluída, contemplando instalação de piso industrial, iluminação em LED, novo paisagismo e fonte luminosa, com entrega feita nesta quinta-feira (31) - após um ano de obras. Os comerciantes, transferidos para o Feirão São Paulo e distribuídos em quiosques do Centro, não devem retornar ao local. O investimento da obra foi de R$ 3,2 milhões.
Devido às restrições da pandemia, a requalificação foi paralisada por cerca de três meses. Ainda em setembro do ano passado, foi realizada a transferência dos feirantes para o espaço conhecido como Feirão São Paulo, além do isolamento do espaço com tapumes para o início das intervenções.
Com a entrega, foi inaugurada uma fonte luminosa com movimento da água no ritmo das músicas emitidas por caixas sonoras distribuídas no local. A rua Liberato Barroso, em frente ao Theatro José de Alencar (TJA), teve o pavimento em paralelepípedo reformado e ganhou uma passagem em nível com desenhos em alusão aos vitrais do TJA .
A estátua do escritor cearense José de Alencar também foi restaurada com limpeza e pintura em bronze. Além disso, foi intalada uma estação do Bicicletar com 14 modais e suporte para bicicletas particulares. O equipamento também possui câmera de videomonitoramento, alarme sonoro e botão para solicitar consertos.
“O projeto da Praça foi discutido com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e com a Secretaria da Cultura, visto que ele vem com a ideia de abraçar esses bens tombados que tem ao redor”, explica Manuela Nogueira, titular da Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf).
Feirantes
Adail Fontenele, secretário da Regional Centro, destaca a negociação para que os comerciantes permaneçam nos espaços formais em que foram distribuídos. “No final do ano passado foi desativado todo o comércio que havia na Praça e fizemos com muita cautela. Conseguimos tirar todos daqui e dar oportunidade aos que não puderam ficar nas ruas organizados e aqueles que estavam aqui na Praça”, explica.
Dessa forma, além do Feirão São Paulo foram disponibilizadas estruturas nas ruas ao redor para a realização de comércio. “Fizemos os calçadões, da Guilherme Rocha, trecho da General Sampaio e a própria Liberato Barroso - de requalificação completa dos calçadões - e instalação de quiosques para os comerciantes que existiam lá. Destes, mais de 100 não puderam voltar. Tinha mais gente do que os quiosques”, pondera.
Impacto da pandemia
A propagação do novo coronavírus influenciou o andamento da reforma com paralisação por cerca de três meses e falta de materiais no setor, como acrescenta Manuela Nogueira. “Com a volta na pandemia, nós tivemos o impacto na construção civil quanto aos prazos, visto que os fornecedores não estavam conseguindo atender materiais como granito, bancos e madeira”. As obras do Miniterminal de ônibus, outra obra prevista para o local, devem ser iniciadas no próximo ano.
Com o retorno das atividades no equipamento, a expectativa é que o espaço volte a ter maior circulação de pessoas. "A ideia da gente é essa: que essa nova geração, o novo fortalezense, possa voltar a frequentar a Praça José de Alencar como ela era frequentada nesses áureos tempos. Para se divertir, ocupar os espaços públicos de forma correta e que essa fonte possa atrair não só o fortalezense, mas possa voltar a ser um espaço de visitação do turista", conclui.