"Tem todas as possibilidade de encontrar pessoas vivas", é o que afirmou o coronel e Comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), Eduardo Holanda. E é isto que vem mantendo firmes familiares, bombeiros e voluntários que trabalham na cena da tragédia do Edifício Andrea, que ocorreu há dois dias, no Dionísio Torres e vitimou quatro pessoas além de vários feridos.
Conforme Holanda, os trabalhos seguem, neste terceiro dia de resgate, incessantemente. "A operação vai durar 24 horas por dia, 7 dias por semana até que possamos retirar todas as vítimas. Nunca diminuimos nosso efetivo, todas as unidades do CBMCE estão cumprindo seus expedientes na cena do desastres", inform o comandante.
Normas internacionais que discorrem sobre o trato com estruturas colapsadas, o caso do prédio desabado, afirma que pessoas com vida pode ser retiradas, em um cenário ideal, em até oito dias.
Isto se deve a formação de vãos, os chamados "bolsões de ar", que se formam nos escombros dependendo do tipo de estrutura que caiu, onde caiu e como caiu, conforme o especialista em gerenciamento de riscos Gustavo da Cunha Mello.
Maquinários
48 horas após a tragédia, o uso de maquinários mais pesados, que permitem uma retirada mais rápida de escombros, estão sendo evitados. Mas por que?
Isto se deve pela possibilidade do resgate de vítimas vivas do incidente. É possível que durante o manuseio das grandes máquinas estas pessoas se machuquem.
"Vamos postergar o maquinário até quando tivermos a possibilidade de fazer resgate de pessoas. Mas isso não quer dizer que não vamso usar. Utilizamos [nesta quarta-feira] pontualmente para retirar algumas lajes que colocavam a operação em risco", afirma o comandante Holanda.