HGF: quantidade de pacientes na fila de espera cai de 100 para 11, nos últimos 15 dias

A informação foi repassada pelo diretor do hospital, na companhia do secretário de Saúde do Ceará

Os pacientes que precisam do atendimento no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) contam, agora, com uma redução que pode ser fundamental para melhorar a qualidade do serviço. O diretor do hospital, Daniel de Holanda, informou que a quantidade, em média, de pacientes na fila de espera reduziu de 80 a 100 pessoas — diminuição percebida, especialmente, nos últimos 15 dias.

Daniel também explica as características dessas pessoas beneficiadas com a redução. De acordo com eles, os pacientes “eram relacionados a doenças vasculares, neurológicas e neurocirúrgicas, patologias urológicas. Foi todo um trabalho conjunto, interno e externo, envolvendo todas as chefias de serviço para que conseguíssemos otimizar o tempo de permanência de pacientes aqui dentro”, complementa Daniel.

O titular da titular da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), Carlos Roberto Martins Rodrigues, complementa sobre o perfil desses pacientes, que ele afirma ser de alta complexidade. “São pessoas com AVC, com tumores, e nem todo hospital da rede está preparado para atender isso. Estamos estudando com outras unidades da rede a necessidade de redefinir esse perfil. O hospital precisa se modificar para atender a demanda que a sociedade tem”, complementa o secretário.

Acompanhando a redução da quantidade de pessoas esperando na fila, os dias de espera seguem o mesmo fluxo e também apresentam redução. Ainda de acordo com o diretor do HGF, os pacientes aguardavam, em média, oito dias. Atualmente, o tempo de espera registrado desses pacientes é de 24 horas.

“É um número totalmente aceitável dentro do perfil de complexidade, até porque alguns estão aguardando leito para serem transferidos e outros estão tomando algum tipo de medicação”, complementa o responsável pelo hospital.

“O importante é que o paciente certo esteja no lugar certo. Não faz sentido encher uma emergência de alta complexidade com patologias que podiam ser resolvidas com nível menor de complexidade. Isso gera uma série de transtornos para a nossa organização interna e para os próprios pacientes”, finaliza o diretor.

Colaboração em rede

O secretário de Saúde do Ceará enumera as ações que podem explicar a diminuição desses números. Ele acredita que a situação seja fruto de várias medidas tomadas ao mesmo tempo, como por exemplo, um planejamento específico pensado para a saúde do estado, somado à colaboração dentro de uma rede de unidades hospitalares.

“O trabalho dos profissionais dentro do hospital, a otimização dos processos, reorganização do setor de emergência, definindo o perfil de forma adequada, o encaminhamento para rede de apoio, com uma mudança de perfil que contemple os pacientes. Isso é fundamental não só para melhorar a resolutividade dos leitos do município de Fortaleza, mas também para dar resolução do problema dos pacientes para que não tenham que fazer um deslocamento muito grande”, comenta Carlos Roberto.

“A definição do perfil dos hospitais de apoio do Hospital Geral César Cals, a colaboração com outros hospitais de alta complexidade, com mudança do perfil de atendimento, e um trabalho de organização na gestão dos leitos. Esperamos que isso continue e se amplie para outros hospitais”, finaliza o titular da Sesa.