Aumento na tarifa de ônibus em Fortaleza gera insatisfação dos usuários

A partir deste sábado (26), o preço da passagem passou por reajuste de 20 centavos na inteira regular.

No primeiro dia de cobrança da nova tarifa de ônibus em Fortaleza, o que se via nas paradas de ônibus era passageiros insatisfeitos com o novo preço a pagar. O reajuste aconteceu a partir deste sábado. 

Os novos valores regulares são de R$ 3,60 a inteira, o que representa um aumento de R$ 0,20, e R$ 1,60 da meia estudantil, aumentando R$ 0,10 da tariga anterior. 

Para o pedreiro Jacinto Antônio, o aumento vai fazer diferença no bolso. "O desemprego está grande, eu estou desempregado. Tudo aumenta, menos o salário. E quando aumenta, é uma vergonha. E a gente que fica no prejuízo, como sempre é o povo que paga o preço", expressou. 

A opinião também é compartilhada pela manicure Sônia Maria. "Os vinte centavos que estão aumentando fazem muita diferença. É um absurdo. Tem muita gente desempregada, pais com filhos se sacrificando para pagar a passagem", comenta. 

Novos valores

O aumento na passagem de ônibus em Fortaleza acontece em menos de um ano depois do último reajuste, ocorrido em 3 de fevereiro de 2018. Agora, a tarifa passa a ser R$ 3,60 a inteira, e R$ 1,60 a meia estudantil. O reajuste é de 5,88% no valor da passagem inteira, segundo a Empresa de Transporte Urbano de  Fortaleza (Etufor)

A linha central permanece no mesmo valor R$ 0,50 (inteira) e R$ 0,25 (tarifa estudantil).

Além disso, uma nova modalidade de tarifa vai ser implementada nas linhas interbairros. É o caso da 679 - José Walter/Cidade Jardim. Os passageiros dessa linha vão pagar R$ 2,00 (inteira) e R$ 1,00 (tarifa estudantil). De acordo com a Etufor, está previsto no decreto de reajuste a variação desse valor. No entanto, ele precisa se manter menor do que o valor integral, sendo permitida também a integração com complementação tarifária. 

A empresa justificou o aumento da tarifa com a "alta do dólar (18,43%), que impacta nos valores da tecnologia embarcada; o aumento nos custos com combustíveis: lubrificantes (12,60%) e óleo diesel (3,77%); pneus e rodagem (10,35%); nos custos com o setor pessoal: plano de saúde (10%), cesta básica (8%), vale refeição (7,69%) e salário (3%)". 

Ainda segundo a Etufor, houve renovação da frota de ônibus, chegando a 6,28% ao ano.