A Copa Bushi No Te chega a sua quinta edição, neste domingo (16), levando ao tatame competições de 93 categorias diferentes, contando com participantes com idade de quatro a mais de 50 anos. Fora a presença de cerca de 400 atletas, a edição deste ano trouxe uma novidade aos inscritos: a disputa no tipo PCD (Pessoa com Deficiência).
"Já houve duas competições no início do ano que abraçaram essa categoria oficial. No passado, era extra, mas agora é efetiva, que vale ponto no ranking cearense", pontua Shishan Romilson Mariano, coordenador do programa Bushi No Te. "Qualquer pessoa pode praticar karatê, a gente sabe que existe uma certa recusa de algumas pessoas por não conhecer. Queremos mostrar que esses participantes tem a mesma potencialidade, mesma capacidade que qualquer outro", completa.
Fora representantes da capital cearense, o evento contou com a presença de atletas de outros municípios cearenses, como Macaranaú, Canindé, Santa Quitéria, Caucaia.
Quem dominou em participação foram os dono da casa: os alunos do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza (IBLF), que promove o programa de karatê "Bushi No Te", com 115 inscritos. Ao todo, 291 participam do projeto, com aulas e treinos realizados desde 2012 na sede do Instituto no Passaré e ainda no Núcleo Casa de José de Alencar, na Messejana.
Entre os alunos do Instituto inscritos na Copa estava Elaysa Maria, de 10 anos. "Eu comecei a praticar desde os seis anos. Meus pais me colocaram, mas eu comecei a me interessar pelo karatê por ver o quanto isso é bom para o meu desenvolvimento", comenta. Mesmo competindo há pouco tempo, já conseguiu bons resultados no Campeonato Cearense e no Panamericano.
Quem também coleciona muita experência de kimono pelo Instituto, mesmo aos nove anos de idade, é Antonio Iago Sousa. Ele faz aula desde os quatro, competindo desde os cinco. "Eu gosto das competições, das medalhas. Ganhei no Brasileirão, Panamericano, Campeonato Cearense e outros", pontua.
Ranking
Além de gerar dez, seis e quatro pontos para os três primeiros lugares respectivamente para a tabela nacional, a Copa Bushi No Te fortalece a sua imagem a cada ano como a maior copa de karatê do Ceará. Ao todo, o Estado conta com seis eventos do esporte.
"Ela é uma das mais importantes por ser um preparatório, um filtro para o próximo evento que vai vir, que é o Nacional. A partir daqui, os técnicos da seleção cearense começam a observar quem vai fazer a composição dessa seleção e representar o nosso estado lá fora. A competição conseguiu esse respaldo porque consegue reunir, em um único dia de evento, várias categorias, professores, atletas que estão se preparando para eventos maiores. É um termômetro para sentir como está esse atleta, como ele irá se comportar lá fora", explica Romilson.
O próximo desafio aos karatecas cearenses é em Goiás e, segundo Romilson, o Estado semple se destaca na competição, sendo considerado atualmente um dos maiores celeiros de atletas do País ou até da América do Sul.
"Tivemos agora, por exemplo, na primeira etapa do Campeonato Brasileiro com aproximadamente 80 atletas. O anfitrião entrou com 800 atletas e nós, cearenses, voltamos de lá com o título de vice-campeão. Isso mostra que o nosso karatê tem uma organização boa e está em um bom caminho. O Ceará hoje onde chega é referência de atlestas, visto que eu estou como técnico da Seleção Brasileira, então é um reconhecimento da Confederação Nacional", acrescenta.