A delegação do Fortaleza desembarcou na manhã desta quinta-feira (22), na capital cearense, após sofrer um atentado em Recife/PE, depois do empate com o Sport em 1 a 1, na Arena Pernambuco. Capitão do elenco, o lateral-direito Tinga ressaltou que o grupo não pensa em entrar em campo no momento e pediu que a diretoria do Sport punisse a torcida organizada responsável pelo ataque.
"A gente está em choque, eu estou sem acreditar. Pela graças a Deus, ninguém (morreu), mas era pra ter sido pior, já foi muito premeditado (o ataque). Essas pessoas são bandidos [...] Vê os companheiros gritando, apavorados, o ônibus seguiu, não dava para parar, e isso tem que acabar. Somos trabalhadores, temos familiares, filhos, e é muito triste, eu não penso em jogar agora, o nosso time está decidido a não jogar. Foi uma covardia o que fizeram, e temos de punir, o Sport fez nota, eu respeito, mas se eles não punirem a torcida uniformizada (do Sport) isso vai ser cada vez pior”.
Segundo Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, Tinga voltou de viagem com um estilhaço na panturrilha. O defensor pontuou que deseja voltar para perto da família e aguardar a recuperação do elenco.
"Estamos tristes, vimos isso com outros clubes, mas quando acontece com a gente é outra situação. Foi cenário de guerra, atletas sangrando, cacos de vidro e o grupo não quer nem pensar em futebol. Quero ir pra casa ficar com a família, quero que os meus companheiros se recuperem”, afirmou.
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