Rafael Nadal não acredita que pode ser de novo o número 1 do tênis mundial: 'tempo passou para mim'

Com 35 anos, o tenista espanhol é o maior vencedor de Gran Slans da história

Quinto do mundo, invicto em 2022 e recém-campeão do Aberto da Austrália. Rafael Nadal tem motivos de sobra para festejar a temporada. A excelente fase traz questionamentos se o espanhol de 35 anos caminha para voltar à liderança do ranking mundial da ATP, na qual não figura desde 2020. Sincero, o maior vencedor de Gran Slans da história, com 21, descarta a hipótese.

"Acho que o tempo passou para mim, infelizmente. De alguma forma, meus problemas físicos me impedem de terminar mais um ano na carreira como número um", disse após passar superar o norte-americano Denis Kudla no ATP de Acapulco, no México.

"Por algum tempo eu senti que estava pronto para ser o número um, mas meu físico não me permitia. Hoje meus objetivos são outros, não vou perseguir esse objetivo de qualquer forma, acho que seria um erro persegui-lo", admitiu o espanhol. "Jogo muito pouco há anos", completou, revelando que vem sendo seletivo com os torneios a disputar justamente por causa da parte física.

"Me perguntam se vou reduzir o calendário e digo que se eu reduzir ainda mais, deixo de ser tenista. Essa é a realidade porque jogo muito pouco há anos e no final o que fazemos é jogar tênis e, se possível, tento jogar onde me apetece, onde gosto. Neste momento da minha carreira, este (ATP de Acapulco) é um dos lugares onde historicamente tive bons sentimentos", declarou.

Na busca para igualar o recorde de conquistas em Acapulco - soma três contra quatro do austríaco Thomas Muster e do espanhol David Ferrer -, Nadal terá Stefan Koslov nas oitavas de final nesta quarta-feira (23).