Professor de Jiu-Jitsu cearense ensina método anti-bullying para crianças nos EUA

Em entrevista ao Diário do Nordeste, o cearense comentou sobre a metodologia utilizada na academia para combater a prática do bullying

Há três anos vivendo nos Estados Unidos, o lutador, professor e árbitro de Jiu-Jitsu André Freire, atua diretamente no ensinamento do método anti bullying na academia Gracie Barra Tucson Jiu-Jitsu & Self-Defense para crianças e adultos.

Em entrevista ao Diário do Nordeste, o cearense comentou sobre a metodologia utilizada na academia para combater a prática do bullying.

“O bullying sempre existiu, mas hoje, com as redes sociais e todo acesso a informação, se tornou um assunto extremamente relevante. Com isso, a procura dos pais por academias que tem esse método ante bullying no curriculum, tem aumentado. Com o conhecimento que aprendi na universidade associado a muitos anos de prática e estudos de metodologias de ensino de artes marciais e lutas, me proporcionaram conhecimento para ensinar e adaptar as técnicas para a realidade de crianças e adultos.", explicou.

"Simulamos cenários para que a criança inicialmente aprenda a administrar a situação do bullying com confiança e tentar evitar o conflito, e numa situação de agressão possa usar técnicas para se defender  e pedir ajuda, quando o ataque seja de outra criança ou até mesmo um adulto, treinamos também a criança a reconhecer um situação potencial de risco como um sequestro, trabalhamos isso de forma lúdica a fim de despertar o interesse do aluno. Com os adultos a abordagem é um pouco diferente, o aspecto da auto defesa vem pra ilustrar como em um contexto real é possível utilizar as técnicas do jiu-jitsu.", completou André Freire.

Além disso, André Freire explicou os motivos que o levou aos Estados Unidos, como conheceu o Jiu-Jitsu e abordou o crescimento da arte marcial no mundo inteiro, trazendo à tona o desejo, dos atletas e federações, de tornar a modalidade um esporte olímpico. Confira abaixo trechos da entrevista.

Ida aos Estados Unidos e dificuldades

"Estou nos Estados Unidos a pouco mais de 3 anos. Essa decisão partiu da necessidade de competir em 
alto nível, pois as maiores competições acontecem aqui pela IBJJF (International Brazilian Jiu Jitsu Federation). Se adaptar é o maior desafio, aprender uma nova língua, hábitos e costumes, acredito que o primeiro ano foi o mais difícil."

Análise sobre o crescimento da modalidade e o desejo de se torna esporte olímpico

"O jiu-jitsu tem crescido exponencialmente no mundo inteiro. As federações e confederações estão cada vez mais organizadas e profissionais. Há menos de 10 anos, o jiu-jitsu competitivo se concentrava entre Brasil e USA. Hoje, a modalidade já está em todos os continentes com academias e competições. Então significa que é uma questão de tempo e políticas para que a modalidade se torne olímpica."

A atuação de André Freire, porém, não é apenas fora do tatame, instruindo crianças e adultos. O cearense participa de competições da IBJJF (International Brazilian Jiu Jitsu Federation). No início de agosto, o lutador foi vice-campeão da Phoenix Internacional Open. Além disso, entre maio e junho, André Freire conquistou seis medalhas de ouro e uma de bronze.