Uma atleta transexual de natação da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, está sendo criticada nas redes sociais por quebrar recordes femininos três anos após competir entre os homens.
Lia Thomas, de 22 anos, marcou 1m41s93 no último freestyle de 200 metros livres na Zippy Invitational in Akron, em Ohio, no último fim de semana. O tempo foi sete segundos à frente da segunda colocada, o que a colocou como a mais rápida do país.
Outro recorde universitário foi conquistado por ela ainda no domingo (5), quando venceu 1500 metros livres em 15m59s71, mais de 38 segundos à frente de Anna Kalandadze.
Em entrevista à Universidade da Pensilvânia, a atleta afirmou que o processo de transição gerou nela "muita incerteza" sobre a continuidade no esporte, mas percebeu com o tempo que isso não era uma questão. "Ser trans não afetou minha habilidade de praticar esse esporte e poder continuar é muito gratificante", frisou.
Comentários negativos
As conquistas de Lia, no entanto, têm sido alvo de outros atletas que atribuem os recordes ao fato de ela ter competido com homens antes da transição de gênero.
Uma treinadora afirmou que os esportes deveriam ser divididos por sexo de nascimento, não por gênero.
"Bem, é claro que os recordes das mulheres estão sendo quebrados! Lia competiu como homem durante os primeiros três anos na #NCAA. Isso não está certo! Precisamos voltar para os #EsportesBaseadosemSexo! # SexoNãoGênero para proteger a justiça para as atletas do sexo feminino", disse.
Outra internauta classificou Lia como "oportunista" porque "realizou uma transição de gênero apenas para vencer entre as mulheres, o que não seria possível entre os homens".