O atacante Marinho, do Fortaleza, conversou com a imprensa no desembarque da delegação tricolor na capital cearense, nesta quinta-feira (22), após o ataque sofrido ao ônibus do clube em Recife/PE, que resultou em seis jogadores feridos por arremesso de pedras e uma bomba. O atleta classificou o episódio como “terrorismo” e ressaltou que medidas devem ser tomadas antes de um jogador morrer.
"Foi algo premeditado (o ataque), esperaram (o ônibus), eles sabiam. Do jeito que foi, poderia acontecer algo pior, foi aterrorizante, um estrondo de uma pedra gigante, vários atletas se cortaram. Uma coisa que fica é: até quando? Vai esperar algum atleta morrer ou passar mal? Já deram muita oportunidade para gente que se diz torcedor do futebol, mas isso foi terrorista, com uma bomba”.
Marinho também pontuou sobre o temor das famílias e pediu punições severas junto às autoridades. Segundo o atacante, o episódio não é um caso isolado e um novo episódio pode virar uma tragédia.
"Foi uma covardia muito grande. A gente sai para trabalhar, deixa família, filhos, e volta enfaixado, machucado… A gente sai de casa sem saber como vai voltar. Quero saber das autoridades, CBF, quem vai se posicionar? É pedra, bomba, e daqui a pouco? Quero saber das autoridades quem vai pagar [...] Já passou do ponto, aconteceu com o Bahia, agora com o nosso time, e qual vai ser o próximo? Tem de se unir cada vez mais, daqui a pouco vamos ver uma tragédia”, complementou.
Em movimento coletivo, o elenco do Fortaleza defende não entrar em campo até que todos os envolvidos sejam punidos e que todos os jogadores machucados se recuperem. A próxima partida estava marcada para quinta (29), contra o Fluminense-PI, fora de casa, às 20h, na Copa do Brasil.