O Manchester City conquistou a Liga dos Campeões neste sábado (10), no estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, ao bater a Inter de Milão por 1 a 0. O espanhol Rodri foi o responsável por tirar da garganta do torcedor da equipe inglesa o grito de campeão europeu. O título inédito coroa o investimento bilionário feito pelos Emirados Árabes Unidos e o trabalho do técnico Pep Guardiola. Não faltou emoção nos minutos finais, que contrastaram com o jogo amarrado que tomou conta de boa parte da decisão.
Com a conquista, o City obteve grande feito na temporada. O time inglês buscou a sonhada tríplice coroa ao se sagrar campeão também do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra nesta temporada europeia.
Em sua segunda final de Liga dos Campeões, o Manchester City levou o 15º troféu para seu país. Guardiola, técnico mais exaltado e elogiado do século, conquista sua terceira edição do torneio continental como treinador. As duas primeiras foram com o Barcelona, nas temporadas 2008-09 e 2010-11. Como atleta, também foi campeão em 1991-92.
O JOGO
O panorama dos primeiros minutos não foi compatível com o que se esperava do duelo. A Inter não deu paz ao City, incomodando a equipe inglesa no campo de ataque e levando perigo ao gol defendido por Ederson. Guardiola teve de pedir a seus comandados que mantivessem a calma para buscar o domínio do jogo.
Com uma proposta na escalação nitidamente defensiva, Inzaghi conseguiu passar a mensagem da necessidade dos italianos se imporem fisicamente e, na base da entrega e concentração, reduzirem as chances do City e buscarem, em alguma falha inglesa, o gol.
Aos poucos, a equipe de Manchester empurrou a Inter para seu campo de defesa, mas a Inter soube se fechar e contava, por vezes, com seis jogadores na linha de zaga. Onana frustrou a primeira oportunidade de Haaland. Grande articulador do City, De Bruyne precisou ser substituído com 35 minutos após sentir uma lesão muscular, dando lugar a Foden.
O placar sem gols no primeiro tempo traduziu bem a partida. O City pecou na criatividade e não soube se livrar da ótima marcação da Inter, enquanto os italianos cumpriram a proposta defensiva, neutralizaram o adversário, mas tampouco conseguiram atacar de modo a inaugurar o marcador. A atuação da etapa inicial deixou os torcedores do time de Milão mais esperançosos
Na volta do intervalo, City e Inter repetiram a estratégia e o ritmo dos minutos finais do primeiro tempo, com o conjunto de Manchester com a bola, e o de Milão recuado e apostando nos contragolpes. Foi num erro infantil da defesa inglesa que Lautaro Martínez teve a melhor chance de colocar a Inter em vantagem, mas o argentino não mostrou muita simpatia pelo gol e chutou em cima de Ederson.
A esperança dos torcedores da Inter foi freada por Rodri, aos 23 minutos. Bernardo Silva chegou na linha de fundo após passe de Akanji e tocou para trás, ninguém da Inter tirou e o volante espanhol acertou um belo chute, abrindo o placar.
Logo depois, a primeira tentativa de reação da Inter encontrou o travessão e Lukaku como obstáculos. Dimarco tocou de cabeça duas vezes e arrancou suspiros dos torcedores em Istambul. O belga ainda pôde se redimir, mas Ederson estava atento. Sem alternativa, coube à Inter começar a propor mais o jogo e buscar o ataque. Em contrapartida, deixou a intermediária mais desguarnecida.
Aos 43, Lukaku tocou de cabeça na pequena área em cima de Ederson. Por pouco a Inter não comemorou o empate, mas o título ficou mesmo com o City, que ainda levou na temporada o Campeonato Inglês e a Copa da Inglaterra, formando a famosa tríplice coroa.
Como campeão da Liga dos Campeões, o City será o representante europeu no Mundial de Clubes, em dezembro, na Arábia Saudita e está classificado para o novo Mundial que terá sua primeira edição em 2025. No início da próxima temporada, o time de Manchester ainda terá como desafio a Supercopa da Europa, diante do espanhol Sevilla, na Grécia.