Demorou, mas finalmente as autoridades chegaram a uma decisão oficial. O primeiro ministro japonês, Abe Shinzo, solicitou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio por um ano e a solicitação foi atendida nesta terça-feira (23). É a primeira vez na história que o evento é adiado ou não ocorre no intervalo de quatro anos entre uma edição e outra.
A expectativa é que o evento seja retomado em 2021 na mesma sede - ainda não há data prévia. O impasse inicial era motivado pelo fato do Japão sofrer uma pandemia controlada de Covid-19, com poucas mortes e contaminação. Na região, os residentes seguem com permissão para sair de casa e trabalhar.
Até semana passada, o presidente do COI, Thomaz Bach, também defendia a manutenção da disputa em 2020, com abertura em 24 de julho. O argumento era de que as medidas de prevenção japonesa diminuíam o risco de contaminação dos atletas.
No entanto, a pressão internacional foi forte para a paralisação da Olimpíada. Delegações como a da Austrália e do Canadá anunciaram que não os altetas não iriam para Tóquio.
A preocupação do COI, todavia, é na custo do evento. Para sustentar as obras e o cenário da cidade, o investimento parcial foi de R$ 56 bilhões - no Brasil, o gasto foi de R$ 39 milhões.