FIA proíbe 'declarações políticas' de pilotos de Fórmula 1 sem autorização

Pilotos que desejarem em realizar algum posicionamento a partir de janeiro de 2023 precisarão de uma aprovação prévia por escrito da FIA

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou uma atualização no Código Esportivo Internacional (CSI) que proibirá "declarações" e "comentários políticos" de pilotos em nome do princípio de neutralidade em suas competições.

Segundo o artigo 12.2 do CSI, que fala sobre a"quebra deregulamentos", a instituição passa a considerar como infração "a formulação geral e demonstração de declarações decunho político, religioso e pessoal, principalmente por violação do princípio de neutralidade imposto pela FIA", que regulamenta os campeonatos mundiais de Fórmula 1, Rali (WRC) e Endurance(WEC).

Aprovação prévia

O novo tópico, que apareceu pela primeira em uma atualização publicada na segunda-feira (20) e foi amplamente divulgado pela mídia no dia seguinte, indica também que aqueles que desejarem em realizar algum posicionamento a partir de janeiro de 2023 precisarão de uma "aprovação prévia por escrito da FIA.

As autoridades, no entanto, não detalharam quais sanções podem ser atribuídas em cada caso. Nos últimos anos, vários pilotos da Fórmula 1 se posicionaram abertamente sobre causas diversas durante os Grandes Prêmios, especialmente com mensagens em suas roupas e capacetes.

Protestos

Conhecido por sua militância e consciência social e política, Lewis Hamilton protestou no pódio do GP da Toscana de 2020 ao vestir uma camisa com os dizeres "Prendamos policiais que mataram Breonna Taylor", uma jovem negra assassinada em seu próprio apartamento nos Estados Unidos. O ato levou a FIA a revisar suas regras de protocolos nas cerimônias após as corridas.

Em 2021, o alemão Sebastian Vettel vestiu uma camisa em defesa aos direitos LGBTQIA+ no GP da Hungria e, mais recentemente, um capacete contra a exploração de petróleo no Canadá, durante a corrida no país em junho de 2022.