O número um do tênis mundial, Novak Djokovic, de 34 anos, foi banido do torneio Austrália Open por não ter se vacinado contra a Covid-19, conforme o Globo Esporte. A decisão foi proferida no Tribunal Federal da Austrália, neste sábado (15).
Além de não poder disputar, ele será deportado e terá de bancar os custos do julgamento.
No sábado, foi realizada uma audiência urgente para analisar se a justiça aceitaria ou não o recurso do tenista sérvio.
Decisão
Durante julgamento, o advogado do governo australiano Stephen Lloyd afirmou que a presença Djokovic na Austrália poderia influenciar outras pessoas por se tratar de uma celebridade que, "com ou sem razão", está puxando um movimento antivacina.
Para o advogado, o ministro da Imigração, Alex Hawke, não precisa esperar evidências sobre isso porque esse risco já era o suficiente.
A defesa do atleta, contudo, garante que Djokovic não fez campanha contra a vacinação apesar de ter se posicionado publicamente contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid.
Entenda
No último dia 11, o tenista foi acusado de ter mentido no formulário de entrada na fronteira. O sérvio marcou não ter viajado nem ter planos para viajar nos 14 dias anteriores ao seu voo para a Austrália, mas é suspeito de ter viajado para a Espanha uma semana antes.
A equipe jurídica de Djokovic, que corre o risco de não poder retornar à Austrália por três anos se ele perder o caso, iniciou um processo argumentando que sua detenção era "ilógica", "irracional" e "insensata".
Em 10 de janeiro, um juiz de menor escalão reverteu o cancelamento do visto de Djokovic e o liberou depois de dias trancado no centro de imigrantes.
Mas na sexta-feira, o governo do conservador Scott Morrison, pressionado pelas eleições de maio, ordenou novamente sua deportação, alegando, entre outras coisas, que sua oposição pública às vacinas pode dificultar a gestão da pandemia e levar a “distúrbios sociais”.
Neste sábado (15), noite de sexta no Brasil, a dois dias do início do Aberto da Austrália, Djokovic foi detido novamente em Melbourne enquanto a justiça examinava sua deportação por não ter se vacinado contra a Covid-19.
O governo australiano cancelou, na sexta (14), pela segunda vez, o visto do tenista sérvio, mas ainda não havia o expulsado imediatamente à espera de que a justiça se pronunciasse sobre o recurso apresentado pelos advogados do jogador.
Djokovic viajou para a Austrália com uma isenção médica da exigência de vacinação concedida pelos organizadores do torneio com base em uma infecção pelo coronavírus que ele teve em dezembro, mas as autoridades de fronteira não aceitaram essa exceção.
A polêmica tem ofuscado o torneio que Djokovic pretende vencer pela décima vez. Em jogo está também o recorde de 21 Grand Slams, com o sérvio, Rafa Nadal e Roger Federer atualmente empatados em 20.
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