Ele precisou de 34 jogos para levar o Fortaleza de volta à elite do futebol brasileiro e mais um para levar o Tricolor do Pici ao seu primeiro título nacional. Reservado nas horas vagas e conhecido pela rotina intensa de trabalho e dedicação ao que faz, Rogério Ceni escreveu, de vez, o nome na história do clube leonino depois da conquista da Série B.
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Sempre atento aos detalhes, o ex-goleiro avalia o trabalho realizado e fechado com sucesso, no comando do clube em 2018. “Normalmente, quando você ganha, as pessoas acham que você vive seu melhor momento como treinador. Acho que é uma profissão que, quanto mais você vai investindo, mais você vai executando treinamentos, situações como pressão, vitória, derrota, aí você vai lidando melhor com a situação e também vai aprendendo. Isso é um ganho. Um acúmulo de experiência, por mais que você tenha jogado 25 anos e meio, o acúmulo da experiência na função ajuda bastante a vencer”.
No Fortaleza, Rogério se notabilizou por ser um técnico até certo ponto moderado à beira do gramado, daqueles que reconhecem a importância do 12º jogador nas arquibancadas. “Eu ainda me emociono bastante. Acho que é o grande sentido do futebol, você trabalhar em um clube que tem uma torcida forte e comparece, que faz festas como a torcida do Fortaleza fez. Fui acostumado na minha vida inteira com uma torcida que botava de 50 a 80 mil torcedores em jogos de Libertadores, ou até no passado 100 mil pessoas no Morumbi. O torcedor vem cada vez mais acreditando, confiando e marcando presença. Dizem que ‘não vive mais aquele que mais vive e sim aquele que melhor vive’ e quem vive as coisas intensamente. Não importa o tempo, mas sim a intensidade que aquilo acontece. Essa dinâmica entre torcida e time está sendo muito bacana e extremamente especial. Eu falo todos os dias para eles (jogadores) que não é todo dia que se tem a oportunidade de tentar um título, ser campeão e viver uma atmosfera criada no Castelão, como é feita com a torcida do Fortaleza”.
O Leão do Pici impressionou a muitos não só pelo título inédito conquistado, mas pela proeza de conquistar dois acessos seguidos, da C para a B, em 2017, e neste ano para a Série A.
Surpreso
Ceni admite que, assim como qualquer torcedor, ficou surpreso com o quadro, mas que isso tudo é fruto de muito trabalho e um bom relacionamento entre ele e seus comandados. “É uma passagem inesperada da maneira como aconteceu. Chegar ao acesso na 34ª rodada. Foi muito acima do que qualquer torcedor poderia esperar e muito devido ao caráter desses jogadores, à maneira como eles se dedicam, encaram o trabalho e entendem as necessidades das cobranças do dia a dia, assim como a parceria, a amizade, quando acaba o trabalho a gente tem muito mais uma relação de amizade do que treinador, de chefe. É uma hora e trinta por dia de trabalho sério e depois uma extensão da amizade e do bom relacionamento que existe com todos eles”, definiu.
Vitorioso
Acostumado a títulos, quando jogador, Rogério Ceni resume bem a sua trajetória no futebol, associando o trabalho ao privilégio de lidar diretamente com o futebol.
“O desgaste do sol a sol, do dia a dia é muito recompensado pelo prazer de trabalhar a céu aberto. É um privilégio ser um jogador de futebol, um atleta profissional em nosso País, que é o País do futebol. As marcas da vitória são para sempre, não envelhecem nunca. Honestamente, eu não tenho nada definido ainda, mas para mim seria um prazer estar aqui no ano que vem. Vamos decidir o futuro com calma e ver as expectativas do Fortaleza para 2019”, finalizou o treinador do Leão.