João Paulo Silva é o atual presidente do Ceará e candidato á reeleição para a presidência executiva do clube. Em entrevista ao Show do Esporte desta quinta-feira (28), João Paulo falou sobre a continuidade da gestão do clube, os desafios após acesso para a Série A, implementação de uma SAF no clube e propostas para um novo mandato para o vencedor, que irá de 2025/2027. A votação ocorre nesta quinta-feira, na sede do clube, em Porangabuçu, às 18h30.
João Paulo Silva compõe a chapa "Vozão mais forte", que ainda tem como 1º vice-presidente Francisco Ernando Uchôa Lima Sobrinho e como 2º vice-presidente: Celso Henrique Martins Rodrigues..
CONSELHO CONSULTIVO
“Vou criar um grupo gestor para tomar decisões importantes no clube. Quero trazer pessoas de mercado, financeiro, juridico, marketing, um grupo profissional que se reúna pelo menos uma vez por mês, e criar ações de melhoria e implantações dentro do clube. Vou buscar isso caso seja reeleito, para o crescimento do clube. Queremos dar mais transparência ao Ceará, profissionlizar o clube cada vez mais. Seja no futebol profissional, base e estrutura. Sei que no Ceará tem muita gente boa, muitos me ligam para ajudar, até da oposição, e não vejo nenhum problema que componham o grupo discutindo melhorias. Esse grupo não seria remunerado por o estatuto não permitir"
VOTO DO SÓCIO
“Eu sempre fui a favor do voto do sócio, mas votei contra o estatuto por outras pautas. Mas com certeza a eu apoio que na minha próxima gestão isso seja novamente pauta para aprovação. Estamos falando de modernização, um modelo adotado em vários clubes grandes e vamos acompanhar isso sim. A gente fica com aquela coisa de 'poucos decidem pelo clube', mas nada mais justo que torcedor participar, principalmente porque ele que apoia o clube".
DESAFIOS NA ATUAL GESTÃO
"O momento no clube é muito delicado, ninguém sofreu mais do que eu neste período. Me rotulam como seu eu fosse o Robinson de Castro, mas eu sou totalmente diferente. Tenho respeito pelo Robinson, mas eu tenho a minha linha de trabalho. Confesso que cometi alguns erros, sem intenção de errar, mas assumi o clube vindo de um rebaixamento, após 5 anos de Série A. O clube tinha aumentado seu patamar, com sua maior folha da história e com a queda, tem uma perda grande de receita, Foi tudo dificil, o afastamento do torcedor por conta do rebaixamento, a pressão saída do Robinson. Me coloquei à disposição, por ser o departamento financeiro, estar dentro do futebol e conhecer o clube. A gestão não foi fácil, mas fomos campões da Copa do Nordeste e fomos para uma Série B na expectativa de subir. Não conseguimos e tivemos que reformular tudo. Tive resiliência, tentei trazer pessoas da oposição, realmente fui muito criticado, me senti, em alguns momentos, me senti só, não por falta de apoio de A, B ou C, mas fiz mudanças de 2023 para 2024, principalmente no departamento de futebol e hoje podemos contar a história de que tudo que foi planejado foi alcançado Era ganhar o Cearense, um título muito representativo para o clube, e voltar para a Série A, mesmo com toda dificuldade financeira, perda receita, conseguimos ao fim do ano entregando desportivamente de volta para a Série A".
SAF NO CEARÁ?
"Volto a dizer. Estou à frente do Ceará 1 ano e 8 meses e nunca discuti este assunto com ninguém. Ouvi muitos dizerem que se eu ganhar a eleição, em janeiro o Ceará vira SAF e isso é um absurdo, não tenho essa pretenção. Não é o presidente que decide isso, é preciso um projeto, votação em assembléia, e nada disso discutido. Acho que agora não é o momento, o clube está de volta á Série A e isso vai ajudar a questão financeira. Eu sei que é natural os clubes ficarem mais competitivos ao virarem SAF, mas posso te garantir que internamente não foi discutido isso em momento algum na minha gestão"..
ERROS NA GESTÃO
"Meu primeiro erro foi ter tirado o treinador, o Gustavo Morínigo. A decisão naquele momento foi errada. Eu tinha que ter dado a chance dele fazer o jogo final da Copa do Nordeste. Esse foi um erro. O outro foi a montagem do elenco do ano passado. Formamos um elenco muito grande. Tirava espaço de jogadores da base e alguns jogadores, com o Orejuela, pediu para sair, porque não tinha espaço. No elenco já tinha o Michel e o Warley e ainda jogou o Caíque improvisado. Foi erro de montagem".