Bia Haddad festeja se tornar 1ª brasileira a ir às quartas do Aberto da Austrália

Tenista revelou que se inspira também em Laura Pigossi e Luisa Stefani, bronze pelo Brasil nas Olimpíadas

Bia Haddad está eufórica com a campanha histórica que vem fazendo no Aberto da Austrália ao lado de Anna Danilina, do Casaquistão. Ele se tornou a primeira brasileira a chegar nas quartas de final do Grand Slam e comemorou muito o feito.

"Foi um dia muito positivo. Não jogamos bem como nos outros dias, mas foi na garra, na luta. Nós passamos por momentos difíceis nos jogos da semana passada também, então lembramos que é jogar ponto a ponto e puxar uma a outra sempre", afirmou Boa Haddad após o triunfo, de virada, sobre Aliona Bolsova e Ulrikke Eikeri, por 3/6 6/4 e 7/6 (10 a 5) em 2h35.

"Pessoalmente, acho que fiz um jogo individual muito bom, com boas bolas e trabalhei bem na rede. Estou muito feliz de estar nas quartas e na segunda semana de um Grand Slam", disse.

Bia revelou que se inspira nas também brasileiras Laura Pigossi e Luisa Stefani, bronze nos Jogos Olímpicos, para se superar em Melbourne. "Elas me ensinaram muito. Nós da América do Sul estamos atrás das outras em alguns fatores, tanto tenístico como de formação, torneio, patrocínio, investimentos, tudo. É muito difícil comparar um europeu com um sul-americano. E aí vemos a Laura e a Luísa quebrando tabus, indo lá, se expondo e ganhando dessas meninas... Elas mostraram pra gente que é possível e que posso fazer o mesmo", enfatizou.

Bia e Danilina agora terão pela frente a sueca Rebecca Peterson e a russa Anastasia Potapova e a brasileira alerta para forte jogo das oponentes. "São jogadoras muito agressivas, que pegam muito na bola. A gente vai ter que ser corajosa e jogar melhor do que hoje. Temos que manter a energia sempre lá em cima, porque dupla muda muito rápido."

BRUNO SOARES FORA

Último representante do Brasil nas duplas masculinas, Bruno Soares se despediu do Aberto da Austrália neste domingo. Ao lado de Jamie Murray, caiu nas oitavas de final diante dos italianos Simone Bolelli e Fabio Fognini por 3/6, 7/6 (9 a 7) e 6/3 em 2h32.

"Jogo duríssimo. Jogamos super bem e dominamos por dois sets. Eles conseguiram sobreviver ali no segundo o tempo inteiro. No tie-break nós jogamos melhor e até tivemos um match point, mas faltou um pouquinho de sorte na hora de fechar. No início do terceiro set também tivemos chances de quebra, mas eles acabaram salvando bem, estavam inspirados e levaram no final", lamentou o mineiro, que agora se prepara para o Rio Open.