Nicole Bahls, 38, falou sobre a ação de agentes da Polícia Federal e do Ibama, no sítio dela em Itaboraí, no Rio de Janeiro, que recolheu dois macacos de estimação no último mês de janeiro.
A modelo explicou que não sabia que Davi e Mikal, como eram chamados os macacos, haviam sido traficados. "Ganhei os macaquinhos de presente, com documento, microchip, tudo", disse Bahls em entrevista à revista Quem.
"No Brasil, só tem uma pessoa autorizada a vender, que se chama Vilson. O documento deles era de lá, então estava tranquila", complementou.
A operação deu início a uma investigação de tráfico que levou ao resgate de outros animais silvestres que corriam perigo.
Na conversa, a ex-fazenda disse ainda que a visita dos agentes foi motivada por uma denúncia. "Recebi com maior carinho, entreguei os documentos tranquila e, depois de algumas horas no local, eles me deram a notícia de que a documentação era falsa", relembrou.
Abalo emocional
"Na hora, meu mundo desabou porque já tinha criado um laço muito forte com eles. Davi e Mikal são nomes bíblicos. Chorei muito e uma moça do Ibama chamada Thassiane foi me explicando sobre o trabalho deles, incansável, para combater o tráfico de animais e o quanto era sofrido", desabafou Nicole.
Apesar do momento de abalo, ela contou que conseguiu enxergar a situação por outro ângulo: "Depois de alguns dias entendi que eles eram enviados por Deus e aconteceu o que aconteceu para eles salvarem a vida de outros macaquinhos e animais".
"Sinto muita saudade, mas entendi a passagem deles na minha vida. Eu não poderia ser usada para influenciar maus-tratos de animais. Deus não ia permitir isso. O trabalho da Polícia Federal e do Ibama é muito sério, são pessoas que lutam muito para acabar com o sofrimento dos animais. Acompanhei de perto e fiquei admirada", complementou a modelo.
Na entrevista, Nicole comentou também sobre a possibilidade de adotar novos macacos: "Ela [a moça do Ibama] me conscientizou que, mesmo eu tendo condições de comprar outro legalizado, não era legal porque as pessoas que têm carinho iam ver e comprar em lugares que não eram legais e, com tempo, iam acabar enfiando os bichos dentro de gaiolas e eles passariam anos sem o direito de ter uma vida digna".