Os irmãos Lyle e Erik Menendez ficaram mais conhecidos após a repercussão da série da Netflix, lançada em setembro deste ano. Depois que voltaram a ser tópico de debate nas redes sociais e na mídia, os familiares vão se reunir para pedir pela liberdade da dupla.
Os dois foram condenados a prisão perpétua pelos assassinatos dos pais Kitty e José Menendez, em 1989, nos Estados Unidos. Na época, os irmãos denunciaram o patriarca de abusos físicos e sexuais.
Em entrevista à Vanity Fair, a tia deles, Joan VanderMolen, irmã de Kitty, declarou que os parentes foram convidados pela Promotoria de Los Angeles para participar de uma coletiva de imprensa sobre o caso, realizada nesta quarta-feira (16). Ela apoia os sobrinhos e reforçou que "eles foram usados e abusados".
Também devem comparecer os primos Diane, Arnie e Kathy VanderMolen, assim como Erik VanderMolen. No entanto, os outros irmãos de Kitty não irão participar.
Nova audiência
No dia 29 de novembro deste ano, quase 28 anos após a primeira sentença, uma nova audiência será realizada.
O promotor distrital de Los Angeles George Gascón relatou que novas evidências sugerem que os irmãos foram realmente abusados sexualmente pelo pai deles, Jose Menendez. Nenhuma denúncia foi confirmada.
Sobre a possibilidade de reabertura do caso, Joan declarou à Vanity Fair que os sobrinhos estão esperançosos.
"Isso é tudo que posso dizer: esperançosos. Todos nós estamos. Eu poderia chorar só de pensar em todos os anos que se passaram, e eles continuam na prisão. Eu farei o que puder para ajudar".
Entenda o caso
Lyle e Erik foram condenados pelos assassinatos dos pais. À época do crime, os irmãos alegaram que suas ações foram um reflexo do medo desenvolvido por uma vida de abusos físicos, emocionais e sexuais por parte dos pais.
No entanto, a acusação argumenta que Lyle e Eric mataram José e Mary Louise porque queriam herdar a fortuna da família.
Atualmente, Lyle e Erik tem 56 e 53 anos, respectivamente. Embora eles aleguem até hoje que agiram em autodefesa, os irmãos foram condenados e cumprem penas de prisão perpétua no presídio Richard J. Donovan, na Califórnia.